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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐397
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CELULITE ORBITÁRIA PÓS‐SEPTAL COMPLICADA COM TROMBOSE DE SISTEMA NERVOSO CENTRAL E TRANSFORMAÇÃO HEMORRÁGICA: UM RELATO DE CASO
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Rômulo Pereira Santos, Adriana Oliveira Guilarde, Fernanda Mendonça Galvão, Yasmin Alves Parreira
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A celulite orbitária é uma infecção grave que acomete os músculos do sistema ocular e órbita. Dentre as causas mais comuns encontramos as cirurgias oftalmológicas, trauma local, infecções dentárias, rinossinusites bacterianas e otites. Os principais agentes etiológicos são o Staphylococcus aureus e Streptococcus spp. As manifestações clínicas incluem dor à movimentação dos olhos, edema palpebral, proptose. Os abscessos cerebrais e periosteais, bem como a trombose séptica do seio cavernoso e perda da visão podem ocorrer como complicações. O tratamento consiste em antibioticoterapia de amplo espectro e, às vezes, debridamento cirúrgico.

Objetivo: Descrever a evolução clínica de um quadro de celulite orbitária complicada com trombose de Sistema Nervoso Central e transformação hemorrágica.

Metodologia: Paciente L.B., 55 anos, sexo feminino. Há sete dias da admissão, iniciou foliculite em supercílio esquerdo, que após manipulação, evoluiu com edema e hiperemia periocular à direita, com progressão para o lado esquerdo. Procurou atendimento médico sendo prescrito cefalexina e, após 3 dias, ceftriaxone e clindamicina, sem melhora. Admitida no Serviço de Oftalmologia para avaliação e optado por internação hospitalar devido à intensa proptose, associada a sinais inflamatórios e imobilidade ocular à direita (celulite pós‐septal), além de quadro sugestivo de celulite pré septal à esquerda. Avaliada pela Infectologia que orientou exame de imagem de crânio e ampliação do esquema antimicrobiano para Vancomicina, metronidazol e manutenção do ceftriaxone. Ressonância Nuclear Magnética de crânio e órbita evidenciaram sinais de trombose de seio cavernoso bilateral, abscessos intraparenquimatosos e espessamento de paquimeninge. No segundo dia de internação apresentou dor torácica e dispneia, quando Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax revelou imagens sugestivas de êmbolos sépticos pulmonares; ecocardiograma foi normal. Iniciada anticoagulação plena com enoxaparina. Nessa ocasião apresentava melhora importante dos sinais flogísticos na região ocular. Após 4 dias de terapia antimicrobiana, apresentou rebaixamento súbito do nível de consciência, hipertensão arterial e bradicardia. TC de crânio evidenciou sangramento intracraniano extenso, sem indicação cirúrgica. Paciente evoluiu para morte encefálica.

Discussão/Conclusão: A celulite orbitária é uma afecção grave, e requer diagnóstico e manejo precoce do doente, visto que as complicações são graves e ameaçadoras à vida.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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