12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: A hepatite C constitui grave problema de saúde pública em todo mundo. Estima‐se que, atualmente, em todo o mundo, cerca de 71 milhões de indivíduos estejam infectados por esse vírus. Na atualidade destacam‐se os inibidores de polimerase (NS5B) e de N5A, como classes de medicamentos utilizados no tratamento, e todos esses estão disponíveis no SUS. O alto nível de replicação do HCV e sua falta de mecanismos de correção pós transcricionais resultam na rápida emergência de variantes virais no nível de quasispécies, determinando não somente polimorfismos virais, bem como variantes que albergam substituições associadas à resistência e/ou redução de suscetibilidade aos novos antivirais. A região com maior barreira genética é a NS5B, porém estudos devem ser realizados para avaliar a população de nosso país.
Objetivo: Mapear os polimorfismos e mutações de resistência às novas drogas destinadas ao tratamento da hepatite C crônica, disponíveis em diferentes centros de referência para tratamento da hepatite C e acompanhados laboratorialmente pelo Instituto Adolfo Lutz em São Paulo.
Metodologia: Foram analisadas amostras de soro de pacientes que realizaram os testes de carga viral de rotina no laboratório de hepatites do Instituto Adolfo Lutz, sendo analisadas as regiões NS5A e NS5B de 996 amostras do GT1a e 1b.
Resultados: Para a região NS5A GT1, a prevalência de mutações de resistência foi de 4,5%, sendo as principais RAS encontradas: Y93H, L31M, Q30R e Y93N. Para todos os medicamentos analisados para a região NS5B não foram observadas substituições de resistência.
Discussão/Conclusão: Os achados do estudo são importantes para as avaliações clínicas, econômicas e para novas propostas de retratamento da hepatite C crônica em nosso meio.