12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoAg. Financiadora: Hospital Brigadeiro
Introdução: Sepse é definido como a resposta inflamatória do hospedeiro ocorre devido a uma infecção grave com risco de vida com a presença de disfunção orgânica que é o aumento em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment e Choque Séptico foi definido como a presença de hipotensão com necessidades de vasopressores para manter uma pressão arterial média ≥ 65mmHg associada a lactato ≥ 2 mmol/L, após ressuscitação volêmica. Os fatores associados a complicações de sepse e choque séptico após a alta hospitalar não são totalmente compreendidos, mas incluem o pior estado de saúde da pré‐sepse, entre outras características.
Objetivo: Descrever o impacto da sepse e do choque séptico sobre a qualidade de vida durante a internação e após a alta hospitalar em um serviço terciário de São Paulo.
Metodologia: Coorte prospectivo longitudinal, descritivo quali‐ quantitativo. Foi realizado no Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini. A coleta das variáveis analisadas foi a partir dos registros em prontuários médicos dos pacientes internados, das fichas dos Protocolos de Sepse abertos pela equipe assistencial no período de março de 2020 a setembro de 2020. Foi aplicado o instrumento Short‐Form Health Survey (SF12) nos pacientes que estiveram internados e 3 meses após a alta hospitalar e assinaram o TCLE. Foram excluídos da pesquisa menores de 18 anos, e os que foram estabelecidos cuidados paliativos durante período de internação. O diagnóstico de sepse foi de acordo com as definições publicadas no Instituto Latino Americano de Sepse e as diretrizes definidas e revisadas pelo Surviving Sepsis Campaing de agosto de 2018.
Resultados: Dos 21 pacientes com sepse e choque séptico, 19 (90,47%) sobreviveram a internação. Houve comprometimento da qualidade de vida dos pacientes sobreviventes da sepse e choque séptico. Nos domínios PCS‐12 (33,10 versus 39,78) e capacidade MCS12 (41,48 versus 43,71) durante a internação. 3 meses após a alta os resultados ainda mostravam o comprometimento nos domínios de capacidade PCS‐12 (34,78 versus 36,17) e capacidade MCS12 (43,53 versus 38,28).
Discussão/Conclusão: Os sobreviventes da sepse, choque séptico estão sujeitos a um comprometimento da qualidade de vida na maior parte dos aspectos físicos e mentais desde a internação e até 3 meses após a alta hospitalar. Quando comparados aos casos de pacientes com sepse e choque séptico com diagnóstico de COVID‐19 teve um declínio no que diz respeito a qualidade de vida após a alta hospitalar.