Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐371
Full text access
AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA DA PATOGENICIDADE MURINA DE CEPAS CLÍNICAS DE PARACOCCIDIOIDES E SUA CORRELAÇÃO COM A GRAVIDADE DA DOENÇA
Visits
1809
Beatriz A.S. Pereira, Viciany E. Fabris, Camila Marçon, Julhiany de Fátima Silva, Lídia Raquel Carvalho, Rinaldo Poncio Mendes
Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: A pouco avaliada correlação entre intensidade das lesões histopatológicas na infecção murina e gravidade dos pacientes com paracoccidioidomicose (PCM) constitui o objetivo deste estudo.

Metodologia: Quatro pacientes com PCM confirmada pelo recente isolamento do fungo foram classificados segundo forma clínica e gravidade (Mendes et al., 2017). A esses, três outros foram acrescentados. Estudos histopatológicos foram realizados em pulmão e baço de 72 camundongos BALB/c inoculados com cada um dos sete isolados clínicos ou solução salina e sacrificados nas semanas 2, 4 e 6 de infecção (3 animais/tratamento). As avaliações histopatológicas foram realizadas em cortes de 3‐4μ de espessura, corados com hematoxilina‐eosina e aumento de 125 vezes. Os pulmões foram avaliados quanto à presença de inflamação linfo‐histiocitária e, ou, fungos com ou sem granuloma, achados utilizados para classificar as alterações em a) leves (+): inflamação linfocítica ocupando até dois focos, sem células fúngicas, com ou sem granulomas; b) moderadas (++): inflamação linfocítica ocupando de três a cinco focos, sem células fúngicas com ou sem granulomas; c) intensas (+++): mais da metade do corte apresentava inflamação linfocítica e, ou, achado de células fúngicas, com ou sem granulomas. O baço foi avaliado quanto à presença de granulomas contendo fungos na cápsula e, ou, parênquima, pois nele não havia lesões inflamatórias inespecíficas. As lesões foram classificadas em a) leves (+): um ou dois granulomas isolados na cápsula; b) moderadas (++): mais de dois granulomas ou fusão de granulomas; c) intensas (+++): envolvimento de toda a superfície capsular e, ou, granulomas com fungos no parênquima esplênico. Os achados histopatológicos também foram correlacionados com a gravidade da PCM de quatro casos com isolamento recente do agente etiológico.

Resultados: Pb531, isolado do paciente mais grave, foi mais patogênico que os outros seis, tanto em pulmão quanto baço, em cada estágio da infecção. No entanto, não houve correlação entre a gravidade dos quatro pacientes avaliados e a intensidade dos achados histopatológicos da infecção murina causada pelos isolados correspondentes.

Discussão/Conclusão: O estudo histopatológico da infecção de camundongos BALB/c causada por diferentes isolados clínicos permitiu comparar sua patogenicidade, mas não se correlacionou com a gravidade dos pacientes. A limitação deste estudo se encontra no pequeno número de pacientes avaliados.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools