Ag. Financiadora: Pibic ‐ Bolsa Reitoria
N°. Processo: 42926
Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 1 ‐ Horário: 13:58‐14:03 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: Vários estudos têm sido feitos sobre a evolução natural da infecção pelo HIV e sobrevida dos pacientes com e sem terapia antirretroviral (TARV) desde o surgimento da primeira droga liberada para uso clínico, a zidovudina.
Objetivo: Traçar o perfil dos pacientes com infecção por HIV/Aids atendidos no Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia Domingos Alves Meira do complexo FMB‐Unesp, pela análise das diferentes respostas aos esquemas terapêuticos de pacientes em uso de TARV, e comparar suas cargas virais (CV) plasmáticas do HIV.
Metodologia: Foram incluídos 698 pacientes que iniciaram TARV a partir de 2006, pela disponibilidade de dados no Sistema de Logística de Medicamentos (Siclom), para os quais foram analisados apenas os resultados das CV obtidas do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel). Para avaliação das variáveis, sexo, TARV inicial, tempo de uso de TARV, trocas de TARV e uso correto de TARV, foi possível selecionar 177 pacientes, divididos em dois grupos (G): G1: 100 indivíduos com CV não detectável e G2: 77 com CV detectável.
Resultado: Dos 698 pacientes, 82,23% apresentavam CV não detectável. Houve maior proporção de mulheres em G1 (68% vs. 32%, p=0,0056), ou seja, com CV não detectável. Houve, também, diferença em relação ao uso correto da TARV, pois 83% de G1 faziam uso correto, em contraste com 44% de G2 (p<0,0001). Entre os pacientes em uso correto de TARV, 70,94% estavam em G1 e entre os que não fizeram uso correto de TARV, 28,33% estavam em G1. Não houve, porém, relação entre CV e TARV inicial, bem como tempo de uso de TARV e presença de trocas de esquemas.
Discussão/conclusão: Observou‐se elevada taxa de supressão viral, 82,23% dos pacientes apresentaram CV plasmática do HIV abaixo do limite de detecção (40 cópias/ml). O uso correto de TARV, baseado na adesão à retirada da medicação, mostrou‐se significativo para a negativação da CV, 70,94% dos pacientes com boa adesão ao tratamento apresentaram CV abaixo do limite de detecção, em contraste com 28,33% dos pacientes não aderidos. Além disso, as mulheres apresentaram CV mais adequada em relação aos homens, o que se poderia inferir melhor adesão terapêutica.