Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 1 ‐ Horário: 14:05‐14:10 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: Estima‐se que 35 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), agente causal da Aids. Essa doença se caracteriza por redução dos níveis de linfócitos TCD4 (inferiores a 500 células/mm3), o que facilita a instalação de infecções oportunistas. Cerca de 90% dos infectados pelo HIV são progressores naturais da Aids; todavia, há um privilegiado grupo que dispõe de mecanismos capazes de manter os níveis de linfócitos normais e de viremia, os chamados controladores de elite.
Objetivo: Abordar de forma sucinta os estudos já feitos nas diferentes áreas de interesse dos controladores de elite, como epidemiologia, genética, imunologia, infectologia e virologia, sumarizar o que se destaca de cada trabalho publicado e integrá‐los de modo a formar conclusões.
Metodologia: Foram revistos os artigos em bases de dados online como Pubmed, Lilacs, Scielo relacionados com os controladores de elite do HIV publicados de 2012 a 2017 e entre eles foram destacados os achados relevantes de cada texto.
Resultado: Os controladores de elite caracterizam‐se por ter contagem de linfócitos TCD4 estável, carga viral indetectável (inferior a 50 cópias/mL) e, clinicamente, não apresentar sintomatologia de doenças que caracterizem Aids, sem uso de antirretrovirais. Constatou‐se que o controle viral vem da capacidade aumentada desses indivíduos de combater a infecção, seja por terem células do sistema imunológico com função ampliada ou por herança genética, como mutação homozigótica Delta32 no gene CCR5, aprimoramento genético da enzima Apobec e genes do cromossomo 6 que codificam proteínas do sistema antígeno leucocitário humano.
Discussão/conclusão: A existência de indivíduos capazes de controlar naturalmente a infecção representa uma oportunidade para explorar quais recursos do sistema imunitário permitem tal controle, fornece informações sobre as dinâmicas vírus‐hospedeiro e revelam um possível alvo de novos fármacos ou vacinas, fator ainda não completamente esclarecido.