Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 3 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: As hortaliças são alimentos que apresentam grande valor nutricional, porém ao consumi‐los sem a adequada higienização podem acarretar riscos à saúde, pois são grandes veiculadores de enteroparasitas e microrganismos. Assim, no ambiente domiciliar a sanitização desses alimentos é crucial para evitar contaminações por agentes patogênicos e os assépticos mais comuns de uso doméstico são: vinagre, hipoclorito de sódio, água destilada e cloro orgânico (sanitizante comercial).
Objetivo: Avaliar a eficiência dos diferentes sanitizantes: água destilada, vinagre, hipoclorito de sódio a 1% e do cloro comercial, na assepsia de hortaliças (agrião, coentro, salsa e cebolinha) vendidas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Metodologia: Foram compradas hortaliças em três supermercados e três sacolões (Hortifruti). As hortaliças compradas foram separadas em quatro grupos de folhas e cada grupo foi lavado com cloro comercial, água destilada, hipoclorito de sódio a 1% ou vinagre. Após essa limpeza as folhas foram descartadas, a solução final obtida dessa higienização foi usada para a pesquisa de parasitas pelos métodos de Faust e Lutz para avaliar a eficácia de ação dos sanitizantes.
Resultado: Foi observado que os sanitizantes comumente usados pela população, vinagre e hipoclorito a 1%, apresentaram capacidade de assepsia com melhor remoção de detritos e microrganismos. Neste estudo foi detectada a presença de ovos Enterobius vermicularis e Trichuris trichiura, cistos de Entamoeba histolytica e Iodamoeba butschlii e larvas de nematódeos.
Discussão/conclusão: O uso de sanitizantes na higienização das hortaliças demonstrou ser de extrema importância, pois foi evidente a remoção de microrganismos e detritos observados na solução obtida após a lavagem. Observamos que vinagre e hipoclorito a 1% obtiveram melhor ação higiênica do que os demais sanitizantes na ação de limpeza. Entretanto, somente com o uso de hipoclorito a 1% observamos que as bactérias presentes na solução obtida pós‐lavagem não demonstravam atividade. Sugerimos o desenvolvimento de programas de educação e conscientização sanitária para população e para os manipuladores de alimentos, a fim de se prevenir e controlar a veiculação de parasitos nas hortaliças, além de incentivar o uso de sanitizantes para a desinfecção quando forem consumidas in natura.