12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoAg. Financiadora: CNPQ
Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) representam risco à segurança do paciente. Microrganismos patógenos não se limitam apenas ao sítio infeccioso, mas podem ser encontrados em todos ambientes, inclusive contaminando superfícies inanimadas, especialmente em áreas críticas hospitalares como terapia intensiva. Para controle destes focos microbianos é importante uma efetiva desinfecção e monitoramento da qualidade deste processo.
Objetivo: Avaliar a efetividade da desinfecção concorrente com álcool 70% por meio da contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) em superfícies da unidade do paciente em terapia intensiva.
Metodologia: Trata‐se de um estudo transversal e exploratório, que se propôs a avaliar a efetividade do processo de desinfecção concorrente das superfícies da unidade do paciente. A pesquisa foi realizada em duas unidades de terapia intensiva adulto de um hospital universitário, sendo uma unidade de terapia intensiva geral e a outra de um centro de queimados. Para avaliar a contaminação ambiental foram friccionados Swabs nas superfícies da área correspondente à unidade do paciente, antes e após a desinfecção concorrente utilizando álcool 70%. Os microrganismos foram quantificados em unidades formadoras de colônia por centímetro quadrado (UFC/cm2) da superfície analisada.
Resultados: Foram analisados 14 leitos de terapia intensiva, sendo oito leitos de terapia intensiva adulto e seis do centro de queimados. Na análise quantitativa, das 42 superfícies analisadas houve crescimento de unidades formadoras de colônia em 26 (62,0%). Dessas superfícies, 17 (65,3%) alcançaram a redução total da carga de colônias a zero, comprovando a eficácia do álcool 70%.
Discussão/Conclusão: Evidenciou‐se a presença de microrganismos em superfícies inanimadas da unidade do paciente em terapia intensiva, assim como comprovou‐se a efetividade da desinfecção concorrente com álcool 70%.