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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐042
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ASPECTOS CLÍNICO‐EPIDEMIOLÓGICOS E DESFECHOS EM PACIENTES COM COVID‐19 EM GOIÂNIA
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Moara A.S.B. Borges, Larissa S. Saboya, Luiza A. Terra, Luciana B. Leite, Thais A.D. Braga, Rômulo P. Santos, Daniella M. Padilha, Natália C.R. Cunha, Ricardo V.T. Filho, Lisia G.M.M. Tomich
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: Financiamento próprio

Introdução: A SRAG (síndrome respiratória aguda grave) causada pelo novo coronavírus (COVID‐19) é uma doença grave, com características clínicas ainda em definição, podendo variar entre as diferentes populações.

Objetivo: Descrever aspectos clínicos, epidemiológicos e os principais desfechos de pacientes com COVID‐19 em Goiânia em 2020.

Metodologia: Estudo transversal que avaliou adultos internados com síndrome gripal (SG) ou SRAG confirmada por SARS‐CoV‐2, em Goiânia, de março a agosto de 2020. O estudo foi autorizado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições participantes. Nesta análise interina, foram calculadas medidas de tendência central e realizada distribuição percentual das variáveis.

Resultados: 423 casos de COVID‐19 avaliados, sendo 50,8% homens, com mediana de idade de 57,5 anos. RT‐PCR foi a técnica confirmatória em 96%. SG (26%), SRGA (61%) ou outra hipótese (13%) foram as suspeitas na admissão, com média de início de sintomas de 7,9 dias (1‐30). Comorbidades relatadas em 63%: HAS (43,7%), DM (22,4%), doença respiratória (12%), DAC (8,7%), ICC (5%) e doença renal crônica (4,7%) e 5,3% eram gestantes. Sintomas mais frequentes: tosse (78%), dispneia (73%), mialgia (43,5%), febre antes (35,7%) ou após a admissão (18%), cefaleia (41,6%), astenia (54%), inapetência (29%), náuseas/vômitos (14%). Características tomográficas: opacidades em vidro fosco esparsas (55%) ou difusas (30%), consolidações esparsas (24%) ou difusas (10,6%), com 30% apresentando comprometimento em mais de 50% do parênquima. Durante a internação, foram utilizadas como terapêuticas: oxigenioterapia (75%), antibioticoterapia (85%), terapia antiviral ‐ oseltamivir (20,5%), corticosteroides (60%, dexametasona em 46%), heparinização profilática (76%) e terapêutica (7%), broncodilatadores (16,5%). A admissão em Unidade Intensiva ocorreu em 31% (133) dos casos, 73% (98) nas primeiras 24 horas, com mediana de permanência de 7 dias (IQR 4‐12). Metade destes necessitou de ventilação mecânica, com duração média de 12 dias (1‐39). Complicações relatadas em 18% dos pacientes: sepse (7,3%), choque séptico (7%), injúria renal (6,6%) e infecção nosocomial (3,7%). A taxa de letalidade global foi 14,7%.

Discussão/Conclusão: O conhecimento sobre as características da COVID‐19 em nossa região pode contribuir para diagnóstico precoce, planejamento de gestão em saúde e escolhas terapêuticas adequadas, visando redução da letalidade. A internação precoce em UTI deve alertar os gestores sobre a necessidade de leitos críticos disponiveis durante a pandemia.

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