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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ARTRITE SÉPTICA POR NOCARDIA PÓS PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: UM RELATO DE CASO
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Lucas Viechniewski Vasconcellos
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, Nubia Leilane Barth Schierling, Allan Henrique Cordeiro da Silva, Leonardo Filipetto Ferrari, Amanda Stinghen Correia
Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Nocardia é uma bactéria filamentosa, gram-positiva, aeróbica que pode ser encontrada em solo, matéria orgânica e em ambientes aquáticos. Infecções em humanos decorrem usualmente de inoculação direta ou inalação, ocorrendo principalmente em contexto de imunossupressão.No entanto, séries recentes de estudos inferiram uma prevalência entre 18-45% em imunocompetentes. Paciente feminina, 50 anos, sem comorbidades, realizou meniscectomia parcial de menisco medial de joelho por lesão em corno posterior. Após 1 semana da intervenção cirúrgica, inicia com repetidas deiscências de sutura e sinais de infecção de pele e partes moles, sem melhora após uso de cefalexina e ciprofloxacino. Apresentou quadro de artrite séptica em 40° pós-operatório, sendo realizada drenagem cirúrgica com coleta de material para cultura, posteriormente positiva para Nocardia nova. Optado por realizar sulfametoxazol+trimetoprim 1600+240 mg tid por 21 dias associado a amicacina 15 mg/kg por 3 dias, com alta para seguimento ambulatorial. A apresentação clínica mais comum de Nocardia é pulmonar, mas pode manifestar-se por infecção disseminada, cutânea ou no sistema nervoso central. O crescimento é lento e progressivo, podendo necessitar de até 2 semanas de incubação, sendo importante notificar o laboratório de microbiologia sobre a possibilidade de nocardia.Não há consenso sobre o tratamento otimizado de infecção por nocardia, muitas vezes necessitando de combinações de antimicrobianos baseadas em perfil de sensibilidade, associado à evidência retrospectiva e observacional. Frequentemente, a terapia combinada é indicada inicialmente, com sulfametoxazol + trimetoprim como droga de escolha no esquema, seja como base da combinação ou até como droga única.O tempo de tratamento pode variar de 1 a 3 meses em imunocompetentes com lesão de pele leve a até mais que 1 ano em pacientes imunossuprimidos com nocardiose disseminada. No caso de artrite séptica sem infecção de prótese associada, a monoterapia levou a uma alta taxa de cura (86%) com tratamento médio de 12 semanas, com opção de combinação de antimicrobianos inicialmente para melhora clínica mais rápida, associado a drenagem cirúrgica.

Palavras-chave:
Nocardia Artrite séptica Procedimento cirúrgico
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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