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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 104-105 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 104-105 (December 2018)
EP‐137
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES POR CLOSTRIDIUM DIFFICILE NO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO (HSPE‐SP)
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Joana Darc F. Alves, Alexandre Fernandes Adami, Ana Therra Manduca Soares, Bianca Pedroso, Natalia Reis Fraga, Marcela Bandeira, Renata Ferraz, Cristiano Melo Gamba, Cibele Levefre Fonseca, João Silva de Mendonça, Augusto Yamaguti, Thaís Guimarães
Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 7 ‐ Horário: 10:44‐10:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: O Clostridium difficile tem se tornado um patógeno entérico cada vez mais conhecido, tanto em infecções comunitárias quanto em infecções relacionadas à assistência em saúde, é o principal responsável por diarreia associada ao uso de antibióticos. Apesar da alta incidência dessa infecção nos EUA, existem muito poucos dados no Brasil a respeito da incidência, talvez por falta de diagnóstico, e o pouco que se sabe são relatos de surtos.

Objetivo: Descrever a epidemiologia das infecções por Clostridium difficile no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Metodologia: Estudo retrospectivo dos casos de infecção por Clostridium difficile, cuja pesquisa foi positiva para toxina A/B em 2016 e 2017. Os dados foram coletados por meio da análise de prontuários e do preenchimento de uma ficha‐padrão. Analisamos variáveis demográficas, unidade de internação, presença de comorbidades, uso de antimicrobianos prévios, alterações laboratoriais de leucócitos, proteína C reativa e creatinina, tratamento e mortalidade.

Resultado: Analisamos 84 casos de pacientes cuja pesquisa de toxina A/B foi positiva no período; 47 (56%) pertenciam ao sexo feminino, com média de 68,1 anos; 76 (90,5%) dos pacientes apresentavam comorbidades, 14 (18,4%) eram portadores de neoplasias; 12 (14,3%) já internaram com diagnóstico de diarreia; 49 (58,3%) haviam feito uso de antimicrobianos previamente, Ceftriaxona e Piperacilina‐Tazobactam foram os antimicrobianos mais prescritos. Com relação às alterações laboratoriais no momento do diagnóstico, pudemos observar média de leucócitos de 11.210 células; média de proteína C reativa de 11,7mg/dL e média de creatinina sérica de 1,6mg/dL; 60 pacientes (71,4%) receberam tratamento, 56 pacientes com metronidazol e somente quatro receberam vancomicina como primeira escolha terapêutica. Mortalidade hospitalar foi de 8,3%.

Discussão/conclusão: A incidência de infecção por Clostridium difficile no HSPE foi constante, com uma média de oito casos/mês, não foram detectados surtos no período. Há necessidade de avaliar a incidência por 10.000 pacientes‐dia. As infecções por C. difficile acometem pacientes idosos, com uso prévio de antimicrobianos e com fatores de risco. Metronidazol permanece como uma boa opção terapêutica e a taxa de mortalidade foi baixa nessa população.

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