Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 105 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 105 (December 2018)
EP‐138
Open Access
ANÁLISE DAS INFECÇÕES PRIMÁRIAS DE CORRENTE SANGUÍNEA: IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS AO DANO DA BARREIRA MUCOSA VERSUS INFECÇÃO ASSOCIADAS AO CATETER CENTRAL EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO
Visits
5132
Letícia Maria Acioli Marques, Priscila Costa Pimentel Germano, Adriana Maria P. Sousa Silva, Ana Paula Cordeiro Lima, Fabianne Carlesse
Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 7 ‐ Horário: 10:51‐10:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: As infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS) são importante causa de morbimortalidade em pacientes oncológicos pediátricos. O critério de IPCS associadas ao dano da barreira mucosa (IPCS‐DBM) caracteriza as IPCS em pacientes imunossuprimidos por translocação microbiológica do trato gastrointestinal devido à neutropenia persistente ou episódios diarreicos ou doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) em pacientes transplantados de célula‐tronco hematopoiética (TCTH) alogênicos, em até sete dias da hemocultura positiva.

Objetivo: Verificar a densidade de incidência (DI) de IPCS associadas ao CVC (IPCS‐CVC) X IPCS‐DBM, descrever os tipos de CVC envolvidos nas infecções e a epidemiologia.

Metodologia: Estudo prospectivo observacional feito em hospital de referência em oncologia pediátrica de janeiro de 2017 a julho de 2018. Analisadas todas as IPCS‐CVC e IPCS‐DBM notificadas pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O cálculo da DI foi feito por meio do n° de IPCS x 1000/CVC–dia.

Resultado: Foram identificadas 57 IPCS em 48 pacientes e 14.290 CVC‐dia. Das 57 IPCS, 30 (52,6%) foram associados ao DBM e 27 (47,4%) ao CVC, geraram uma DI de 2,1 e 1,9 por mil CVC‐dia, respectivamente. Dentre os micro‐organismos identificados nas IPCS‐DBM (32 agentes), a prevalência foi bactérias gram‐negativas (BGN) (71,9%‐23/32), os agentes mais comuns foram P. aeruginosa (28,1% – 9/32), E. coli (21,9% – 7/32) e Klebsiella spp. (15,6% – 5/32). Candida spp. e Streptococcus do grupo viridans mantiveram a mesma incidência (12,5% – 4/32). Nas IPCS‐CVC (29), a ocorrência de BGN e gram‐positivas foi a mesma (34,5% – 10/29); 24,1% (7/29) por leveduras e 6,9% (2/29) por Streptococcus do grupo viridans. Destaca‐se o cateter de duplo lúmen (CDL) em 56,7% (17/30) dos casos de IPCS‐DBM e 43,3% (13/30) de CVC totalmente implantável. Nas IPCS‐CVC a prevalência foi de CDL em 59,3% (16/27) dos casos, seguido de 33,3% de CVC totalmente implantável e 3,7% (1/27) de CVC semi‐implantável (PICC e triplo‐lúmen).

Discussão/conclusão: Os dados acima citados coincidem com os dados publicados na literatura. Os resultados mostram a importância da aplicação do critério de IPCS‐DBM em centros de câncer pediátrico, para traçar e/ou avaliar as estratégias para reduzir as IPCS‐CVC consideradas evitáveis. É importante ressaltar que as boas práticas no uso do CVC devem ser mantidas, a fim de minimizar os riscos associados à inserção e manutenção desse dispositivo invasivo.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools