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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐449
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ANÁLISE COMPARATIVA DAS INTERNAÇÕES POR MENINGITE EM RELAÇÃO À COBERTURA VACINAL NO BRASIL DE 2010 A 2019
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Amanda Silva Vilas Boas, Martha Mattos de Bitencourt, Fernanda Baratto, Raissa Barreto Lima, Ana Carolina Pachêco de Menezes Rios, Isadora Abreu Oliveira, Giovanna Carvalho Sousa, Gustavo Bomfim Barreto, Gustavo Ferreira Lopes, Maristela Rodrigues Sestelo
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A meningite meningocócica é uma doença endêmica com altas taxas de complicações e letalidade. Diante da importância da prevenção, a vacina meningocócica C foi implementada no Plano Nacional de Imunizações (PNI), disponibilizada no esquema de doses aos 3, 5 e 12 meses, aplicável até os 5 anos. Nesse sentido, é fundamental analisar a relação do impacto da cobertura vacinal nas regiões brasileiras com o número de internações por meningite meningocócica.

Objetivo: Comparar os índices de cobertura da vacina meningocócica C conjugada com o número de internações por meningite de crianças de 0 a 9 anos, nas macrorregiões brasileiras de 2010 a 2019.

Metodologia: Estudo observacional, descritivo e quantitativo, com dados agregados e secundários de internações e cobertura vacinal para meningite meningocócica, na faixa etária de 0 a 9 anos de 2010 a 2019, por regiões do Brasil. A seleção do período e faixa etária considerou avaliar o impacto a longo prazo após a introdução da vacina no PNI em 2010 e a população alvo (menores de 1 ano) vacinada desde então, cuja faixa etária no ano de 2019 estava entre 0 e 9 anos. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI‐PNI). As variáveis utilizadas foram: número de internamentos por meningite, ano de atendimento, faixa etária, macrorregião geográfica, casos confirmados e ano de notificação.

Resultados: De 2009 a 2010 observa‐se um aumento de 94% do número de internações de crianças de até 9 anos. Em 2011, com o PNI, a cobertura vacinal saltou de 26,88% em 2010 para 105,66% em 2011, ultrapassando a meta estimada, período no qual notou‐se um declínio de 6,6% do número de internações por meningite. Após este período (de 2012 a 2015), o número de internações registradas sofreu declínio gradativo em menores percentuais anuais. A cobertura vacinal evidenciou períodos oscilatórios, sofrendo queda de 9,87% de 2015 para 2018, período no qual evidenciou‐se um aumento (de 4,1%) do número de internações.

Discussão/Conclusão: Observou‐se um declínio de internações de crianças até 9 anos, em território nacional, após a instituição vacinal em 2011. O declínio se manteve até 2015 e após isso observou‐se aumento do número de internamentos concomitante com a redução da cobertura vacinal. A correlação inversa entre cobertura vacinal e os internamentos sugere que a vacina pode ter um impacto importante na redução dessas internações.

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