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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 35-36 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 35-36 (December 2018)
EP‐005
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ALTA TAXA DE EVENTOS ADVERSOS DOS ANTIRRETROVIRAIS EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE QUE USARAM ATAZANAVIR/RITONAVIR NA PROFILAXIA PÓS‐EXPOSIÇÃO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS
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Laís Gabriele Vieiraa,b, Daniela Vieira Escuderoa,b, Paula Zanellato Nevesa,b, Fernanda Crosera Parreiraa,b, Luciana Baria Perdiza,b, Juliana Oliveira Silvaa,b, Eduardo A. Medeirosa,b
a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Hospital São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
b Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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Ag. Financiadora: Pibic ‐ CNPq, Disciplina de Infectologia ‐ EPM

N°. Processo: ‐

Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 2 ‐ Horário: 10:30‐10:35 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Em 2015, o Ministério da Saúde (MS) publicou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral Pós‐Exposição (PEP) de Risco à Infecção pelo HIV, que orienta o uso de um esquema preferencial, inicialmente composto pela Lamivudina (3TC), Tenofovir (TDF) e Atazanavir/ritonavir (ATV/r), esses posteriormente substituídos pelo Dolutegravir (DTG) em 2017. Os eventos adversos relacionados ao uso de antirretrovirais (ARV) em profissionais da saúde (PAS), população previamente hígida, ainda não foram adequadamente estudados.

Objetivo: Identificar os eventos adversos (EAs) secundários ao uso de antirretrovirais indicados como profilaxia pós‐exposição em acidentes ocupacionais em profissionais da área da saúde e avaliar a adesão da medicação antirretroviral.

Metodologia: O estudo foi feito em um hospital terciário de ensino, de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Os PAS foram identificados através da notificação pós‐acidente e pela busca ativa dos indivíduos envolvidos que fizeram uso da PEP. O acompanhamento foi feito através de consultas agendadas e busca telefônica dos faltantes para obtenção de informações clínicas. Ademais, foram coletadas amostras para análise laboratorial na notificação, no 14° e no 28° dia do início do antirretroviral.

Resultado: A PEP foi indicada a 81 PAS, envolvidos em acidentes ocupacionais com risco de infecção pelo HIV, dos quais seis (7,4%) recusaram‐na. O esquema era o preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil. Majoritariamente (81,9%), o início da profilaxia ocorreu no dia do acidente. Dos 50 indivíduos que puderam ser contatados, 47 (94%) relataram EAs, os principais foram náuseas (72%), icterícia (58%) e fadiga (38%). Em relação às análises laboratoriais, as mais importantes alterações foram o aumento de bilirrubinas, com predomínio de fração indireta, relacionadas ao uso do ATV. Entre os PAS avaliados, o regime foi suspenso em cinco casos (10%) e um PAS (2%) optou por descontinuar a profilaxia em decorrência dos EAs. O regime foi alterado em cinco (10%) como resultados desses eventos, principalmente pela icterícia. Todas ocorreram no esquema Lamivudina, Tenofovir, Atazanavir/ritonavir (3TC+TDF+ATV/r).

Discussão/conclusão: EAs secundários a PEP em PAS podem ser frequentes e potencialmente graves, com consequente prejuízo a seu término; 22% dos PAS precisaram alterar ou suspender a PEP. Dessa forma, a busca constante por estratégias preventivas que ofereçam menor toxicidade deve pautar as políticas de atenção aos acidentes ocupacionais.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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