Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-123
Open Access
AGENTES ETIOLÓGICOS DE MENINGOENCEFALITE CIRCULANTES DURANTE O PERÍODO DE PANDEMIA DA COVID-19
Visits
752
Luis Arthur Brasil G. Farias, Marcos Maciel Sousa, Karene Ferreira Cavalcante, Angela Maria Veras Stolp, Jacó R.L. Mesquita, Maura Salaroli Oliveira, Silvia Figueiredo Costa, Tania Mara Silva Coelho, Evelyne Santana Girão, Lauro Vieira Perdigão Neto
Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Fortaleza, CE, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

A pandemia pelo novo coronavírus trouxe mudanças no comportamento da população. O impacto do efeito do uso de máscaras, do distanciamento social e das mudanças de comportamento da população sobre a circulação dos agentes etiológicos das meningites é desconhecido.

Objetivo

Descrever os agentes etiológicos em pacientes com meningite da comunidade durante o período de pandemia pelo COVID-19.

Método

Estudo de coorte retrospectiva, de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, composta por pacientes com suspeita de meningite, em hospital terciário de ensino, conveniado ao SUS, em Fortaleza, Ceará. A identificação do microrganismo foi por cultura para germes piogênicos, micobactérias, fungos, sorologia e RT-PCR para arbovírus, RT-PCR para SARS-CoV-2, FilmArrayR Meningitis/Encephalitis Panel (Biomérieux) e GeneXpert MTB/RIF (Cepheid).

Resultados

Foram atendidos no hospital 721 casos suspeitos de meningite durante o período, e analisados 201 pacientes (28% do total). Em 143 (68%) houve confirmação de meningite. Cultura para germes piogênicos foi realizada em 92 (64%) pacientes, e os microrganismos encontrados foram: Cryptococcus sp. (n = 3; 3%), S. pneumoniae (n = 3; 3%), S. aureus (n = 1; 1%), S. suis sorotipo I (n = 1; 1%), S. agalactiae (n = 1; 1%), N. meningitidis grupo C (n = 1; 1%), K. pneumoniae (n = 1; 1%), L. monocytogenes (n = 1; 1%) e Corynebacterium jeikeium (n = 1; 1%). A cultura para fungos (Cryptococcus) foi positiva em 10 pacientes. A cultura para micobactérias foi realizada em 34 (24%) pacientes, com 2 (6%) positivas. O PCR Multiplex foi realizado em 105 (73%) pacientes, com identificação de S. pneumoniae (n = 16; 15%), N. meningitidis (n = 13; 12%), Vírus Varicela-Zoster (n = 8; 8%), Cryptococcus sp. (n = 7; 7%), Citomegalovírus (n = 6; 6%), Enterovírus (n = -5; 5%), HSV-1 (n = 3; 3%), HSV-2 (n = 2; 2%), S. agalactiae (n = 2; 2%), Haemophilus influenzae (n = 1; 1%), Herpesvírus 6 (n = 1; 1%) e Listeria monocytogenes (n = 1; 1%). Houve coinfecção em 3 pacientes. O RT-PCR para M. tuberculosis (MTB) foi realizado em 51 (36%) pacientes, com detecção em 13 pacientes (25%). No período estudado, houve dois casos de meningite por SARS-CoV-2 (2%).

Conclusão

Identificaram-se uma ampla variedade de agentes etiológicos em circulação durante a pandemia. Apesar de S. pneumoniae e N. meningitidis terem sido os agentes mais frequentes, destacou-se a variedade de vírus. Foi relevante o incremento no diagnóstico das meningites pelos métodos moleculares em comparação com as culturas. Casos de meningoencefalite por COVID-19 foram identificados.

Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools