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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐333
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A CONTRIBUIÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA ANÁLISE DOS ANTIBIOGRAMAS E A SUA COMPATIBILIDADE COM A ANTIBIOTICOTERAPIA PRESCRITA EM UM HOSPITAL EXTRAPORTE DE SANTOS
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Isabela Muchon Perrella, Marcos Fernando Passaro, Allan Nascimento, Sergio Feijoó Rodriguez, Priscilla Sartori de Souza
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos, Santos, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O perfil de resistência bacteriana tem tornado o uso racional de antimicrobianos um tema bastante complexo e desafiador a nível mundial devido ao arsenal terapêutico limitado. Como estratégia, foi elaborado o «Antimicrobial Stewardship Program» (ASP), um conjunto de ações destinadas a racionalizar o uso destes antimicrobianos. Devido ao alto custo e demanda de tempo, a antibioticoterapia guiada por teste de sensibilidade para todos os pacientes não é realidade em grande parte dos hospitais. Por isso, as instituições buscam elaborar protocolos que visam padronizar as condutas entre os profissionais, promovendo tratamentos mais seguros e com melhores desfechos clínicos.

Objetivo: Analisar a atuação do farmacêutico clínico no ASP através da análise de culturas, e a correlação entre o microrganismo causador de infecção, antimicrobiano prescrito e indicação terapêutica.

Metodologia: Em uma ação conjunta entre o serviço de Farmácia Clínica e o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), foram analisadas as culturas de um hospital extraporte no período entre janeiro a dezembro de 2018. O farmacêutico clínico avaliou a compatibilidade entre antimicrobiano prescrito e resultado obtido no antibiograma, e a indicação clínica do tratamento conforme o protocolo de antibioticoterapia da Instituição.

Resultados: Durante o período, foram analisadas 1085 culturas, sendo: 158 (14,56%) culturas de vigilância, 269 (24,79%) uroculturas, 340 (31,33%) hemoculturas, 52 (4,79%) culturas de sítio, 206 (18,98%) secreções, 34 (3,13%) cateter, 10 (0,92%) lavado brônquico, entre outras que totalizam 16 (1,5%). São consideradas «passíveis de intervenção» as culturas nas quais o antibiótico prescrito não está de acordo com o resultado do antibiograma e aquelas que a prescrição não está de acordo com o protocolo Institucional. As intervenções farmacêuticas são feitas diretamente com o prescritor ou por intermédio do SCIH. Das 130 intervenções realizadas, 94 (72%) foram aceitas, quando houve alteração da conduta conforme sugerido e 36 (28%) não aceitas, nas quais o prescritor ou SCIH optam por manter a conduta.

Discussão/Conclusão: A análise de culturas e antibiograma é fundamental para o gerenciamento do uso de antimicrobianos, otimizando a farmacoterapia. Observa‐se que o Farmacêutico Clínico é imprescindível na equipe multidisciplinar do ASP, sendo apto para o desenvolvimento de protocolos e manejo da antibioticoterapia, onde as intervenções farmacêuticas tornam‐se mais uma ferramenta de controle no uso racional de antimicrobianos.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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