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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐108
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A AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL E OS CASOS DE MENINGITES POR NEISSERIA MENINGITIDIS E STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE, NOS MUNICÍPIOS DO ABC PAULISTA, ENTRE OS ANOS DE 2009 A 2019
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Julia Ataulo Borba, Leonardo Dario de Freitas, Joselma Siqueira Yamagichi, Juliana Cristina Marinheiro
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Meningites são processos inflamatórios agudos, que acometem as meninges e o líquido cefalorraquidiano. São causadas por diferentes agentes etiológicos, sendo os bacterianos de grande importância, devido a alta morbidade e mortalidade. Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae (pneumococo) são as principais espécies bacterianas associadas a meningite, a partir dos 3 meses de idade. Fazem parte da microbiota normal humana de indivíduos sadios e, são transmitidas através de secreções respiratórias. A principal forma de prevenção é a vacinação de indivíduos susceptíveis.

Objetivo: Comparar os casos de meningite bacteriana por N. meningitidis e S. pneumoniae e a cobertura vacinal, durante os anos de 2009 e 2019, nas cidades do ABC Paulista.

Metodologia: Dados referentes às notificações de meningites bacterianas, publicados no SINAN (Doenças e Agravos de Notificação), para as cidades do ABC Paulista, foram analisados, tabulados e comparados com a cobertura vacinal no mesmo período.

Resultados: Entre 2009 a 2019 foram notificados 1311 casos de meningite bacteriana nas cidades do ABC paulista, destes, 531 (40,5%), foram causados por meningococo ou pneumococo. As cidades de São Bernardo do Campo (SBC) e Santo André (SA) apresentaram o maior número de casos, com 189 e 151, respectivamente. As menores notificações ocorreram em Ribeirão Pires (RP), com 22 casos e, São Caetano do Sul (SCS) com 27. Em SA, SBC, e Diadema, a principal bactéria detectada foi o pneumococo (65% dos casos). Em RP, SCS e Mauá, o meningococo foi responsável por 65 a 77% das notificações. A maioria dos casos ocorreu em indivíduos de 20 e 59 anos de idade. Quando analisamos a distribuição dos casos por ano e, sua relação com a cobertura vacinal no período, vemos um maior número de notificações entre 2010 e 2014, seguida de queda em 2015 e, em 2018, as notificações voltam a aumentar. A partir de 2015, ocorre uma gradual queda na cobertura vacinal, ficando entre 40% e 65% no ano de 2019.

Discussão/Conclusão: A vacinação confere proteção ao indivíduo imunizado e diminui os danos causados pelo patógeno, através da redução de circulação entre as pessoas. As vacinas para meningococo e pneumococo são administradas durante a primeira infância e, as análises confirmam poucos casos notificados em crianças menores de 4 anos de idade. A queda na cobertura vacinal, evidenciada principalmente em 2019, pode levar a um grande aumento dos casos de meningite nos próximos anos.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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