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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 127 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 127 (December 2018)
EP‐180
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VARIANTE GENOTÍPICA INCOMUM DE PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS IDENTIFICADA EM PACIENTE DO SUDESTE BRASILEIRO
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Tiago Alexandre Cocio, Erika Nascimento, Marcia Regina Von Zeska Kress, Eduardo Bagagli, Roberto Martinez
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Ag. Financiadora: Faepa‐HCFMRP/USP e Capes

N°. Processo: ‐

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 5 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção fúngica endêmica de países da América Latina, principalmente no Brasil. Causam a PCM, forma crônica e aguda da doença, os fungos Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii. P. brasiliensis é composto por cinco espécies filogenéticas, S1a e S1b são grupo parafilético distribuído no Brasil, Argentina, Paraguai, Peru e Venezuela; PS2 grupo monofilético distribuído no Brasil e Venezuela; PS3 grupo monofilético encontrado somente na Colômbia e PS4 grupo monofilético encontrado exclusivamente na Venezuela. A espécie filogenética 3 (PS3) pertencente ao complexo P. brasiliensis foi caracterizada por Matute et al. (2006) e classificada como monofilética, geograficamente restrita à Colômbia e considerada uma linhagem evolutiva independente das outras espécies filogenéticas. Em 2016 foram identificados como PS3 dois isolados (humano e solo, respectivamente) da Venezuela, sugeriram a expansão geográfica dessa espécie filogenética em países sul‐americanos.

Objetivo: Neste estudo o isolado clínico BAT, obtido de paciente com a forma subaguda da PCM, da região de Ribeirão Preto, SP, Brasil, foi submetido a identificação molecular com as técnicas de PCR–RFLP (Polymerase Chain ReactionRestriction Fragment Length Polymorphism) do gene tub1 e sequenciamento do gene GP43 Exon 2 com a finalidade de conhecer a qual espécie filogenética pertence.

Metodologia: O DNA genômico de BAT e das cepas de referências (Pb18 [S1b]); Pbdog–EPM194 (PS2); T2–EPM54 (PS3); Pb01 (P. lutzii) foi submetido a PCR (Polymerase Chain Reaction) convencional para confirmar o isolado no gênero Paracoccidioides, amplificar o gene tub1 para aplicar a técnica PCR–RFLP para a identificação filogenética e sequenciar o gene GP43 Exon 2 para confirmação da genotípagem.

Resultado: O isolado clínico BAT pertence ao gênero Paracoccidioides, foi identificado como PS3 pela técnica PCR–RFLP e observou‐se pelo sequenciamento do gene GP43 Exon 2 uma similaridade de 100% com a cepa de referência T2–EPM54 (PS3) e proximidade genética com Pb18 (S1b).

Discussão/conclusão: A identificação da variante genotípica PS3 no Sudeste brasileiro, onde prevalecem S1a e S1b, é a chave para o entendimento de especiações e disseminação territorial do gênero Paracoccidioides. Ainda é desconhecido se novas espécies e genótipos de Paracoccidioides implicam diferenças nas manifestações da PCM.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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