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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 214
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UMA DÉCADA DE SÍFILIS CONGÊNITA E CORRELAÇÕES DO PADRÃO DE TITULAÇÃO DO VDRL EM UM HOSPITAL DE ESTUDO NO NORDESTE DO BRASIL
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Bruno José Santos Limaa, Gabriel Dantas Lopesa, Izailza Matos Dantas Lopesa, Helga Machado de Farias Santosb, Matheus Todt Aragãoa, Mariana Alma Rocha de Andradea, Leonardo Santos Meloa, Catharina Garcia de Oliveiraa, João Victor Passos dos Santosc, Caroline Nascimento Menezesa, Gabrielle Barbosa Vasconcelos de Souzaa, Gabriela de Queiroz Fontesc, Eduarda Santana dos Santosa, Ana Carla Cunha Menezesa, Mateus Lenier Rezendea, Elisandra de Carvalho Nascimentoa, Horley Soares Britto Netoa
a Universidade Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil
b Hospital Santa Isabel, Aracaju, SE, Brasil
c Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil
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Introdução/Objetivo

A sífilis congênita (SC) é uma doença prevenível que representa um grave problema de saúde pública. Após uma certa tendência de declínio na década de 1990, a sífilis ressurgiu como um problema de saúde pública em todo o mundo.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo e analítico que foi realizado em uma Maternidade Filantrópica de Aracaju SE, no período de 2010 a 2020. Foram utilizados os seguintes dados maternos: idade, escolaridade, aborto, tratamento (mãe e parceiro) e VDRL. Além disso, foram coletadas as seguintes variáveis dos recém-nascidos (RN): peso ao nascer, sexo, tratamento, VDRL em sangue periférico, VDRL no liquor e radiografia dos ossos longos. O projeto foi aprovado pelo CEP com o CAAE: 12406919.1.0000.5371.

Resultados

Foram analisados 1303 prontuários de RN com SC, sendo 50,7% do sexo masculino e 88,3% tinham mais de 2.500 gramas ao nascer. As mães tinham entre 13 a 45 anos, média de 24,7 anos. Em relação a escolaridade, 51,5% das mães possuíam menos de 8 anos de estudo. Em relação ao VDRL dos recém-nascidos ao nascer 285 (22,7%) tinham VDRL não reagente. Entretanto, 254 (20,3%) tiveram VDRL maior ou igual a 1:8. Além disso, apenas 9 (0,7%) RN tiveram alterações no VDRL acima de 2 titulações em relação a genitora, sendo que 8 (88,9%) apresentaram alterações ósseas na radiografia dos ossos longos, 6 (66,7%) apresentaram VDRL no liquor reagente e em 8 (88,9%) casos as mães foram adequadamente tratadas. Entre as variáveis analisadas, peso do recém-nascidos, VDRL do RN ao nascer, VDRL do RN com 3 meses, VDRL do RN com 6 meses e a escolaridade apresentaram relação estatisticamente significativas com o tratamento materno. Em relação a razão de prevalência destas variáveis, verifica-se que o risco da mãe não ter feito o tratamento ou fez de forma inadequada em crianças que nasceram com até 2,5kg é 1,73 vezes maior que os recém-nascidos com mais de 2,5 kg. Verificou-se que o risco de não ter tratado ou que fez um tratamento inadequado com menos de 8 anos de estudo é 1,69 vezes maior do que aquelas com mais de 8 anos de estudo.

Conclusão

Sendo assim, foi possível observar que a baixa escolaridade, multiparidade e história pregressa de aborto foram variáveis prevalentes entre as genitoras. Além disso, o baixo peso ao nascer do RN, maiores títulos de VDRL materno e alterações radiográficas neonatais foram relacionados com maior prevalência de SC.

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