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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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UMA DÉCADA DE ESPOROTRICOSE DE TRANSMISSÃO FELINA (ETF) EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE CURITIBA, PARANÁ, BRASIL (2011-2021)
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Regielly Caroline Raimundo Cogniallia, Fernanda de Andrade Galliano Darosb, Diésica Suiane Ferreiraa, Adriana de Fátima Gabriea, Lili Volochen Lopucha, Bruna Favoreto de Souza Jacomea, Giovanni Bredaa, Izabella Santos-Weissa, Flavio de Queiroz Tellesa
a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
b Faculdades Pequeno Principe, Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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A esporotricose é micose de implantação mais prevalente no mundo. Atualmente, o Brasil enfrenta o maior surto epizoonótico da doença,acometendo milhares de humanos e felinos, além de centenas de caninos. O objetivo do presente estudo é realizar levantamento epidemiológico retrospectivo e análise estatística da última década dos casos de esporotricose humana atendidos no Hospital de Clínicas da UFPR.

Métodos

Foram revisados 175 prontuários de pacientes com diagnóstico de esporotricose (CID B42) durante o período de 2011 a julho/2021. ETF provada foi definida quando os pacientes possuíam manifestações clínicas, contato com felinos doentes e evidência microbiológica e/ou histopatológica da doença. Já, a ETF provável definida pela presença de manifestações clínicas e contato com felinos doentes que tiveram diagnóstico microbiológico realizado pelo veterinário. O trabalho foi aprovado pelo CEP-HC-UFPR. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o Soft Statistica for Windows (Version 8.0, Stat Soft Inc, Tulsa EUA).

Resultados

Diagnóstico de esporotricose provada,com isolamento do fungo em cultura foi estabelecido em 57 pacientes (32,6%) e provável em 118 pacientes (67,4%). Entre os 175 pacientes, 171 (98,3%) relataram a transmissão zoonótica e apenas 4 (1,7%)a via de transmissão estabelecida foi sapronótica. Identificação molecular foi realizada em 28 isolados, e em 92,9% (n = 26) o agente etiológico identificado foi S.brasiliensis. O maior número de casos da doença foi diagnosticado entre 2019-2021 (n = 105, 60%).A taxa de incidência da esporotricose aumentou de 0,27 casos/100.000 pacientes em 2011,para 30,4 casos/100.000 pacientes em 2021. A taxa de prevalência da doença foi de 4,97 casos/100.000 pacientes. A maioria dos pacientes atendidos eram do município de Curitiba (n = 145,82,9%). A maior prevalência foi no sexo feminino (63,4% mulheres; 36,6% homens) e a média de idade de 40 anos (1-87 anos). No total, 12% dos pacientes (21) tinham < que 18 anos. Houve prevalência de 9,7% (n = 17) em pacientes com profissões de risco de exposição à doença, 9 veterinários, 5 estudantes de veterinária, 3 trabalhadores de pet house e 2 jardineiros. A principal manifestação clínica foi linfocutânea (n = 111, 65,1%),seguida de cutânea fixa (n = 43,24, 6%), ocular (n = 13,7, 4%) e forma mista (n = 5,2, 9%).

Conclusão

Em 2011, foi identificado o primeiro caso de ETF na instituição,e desde então, houve aumento significativo no número de casos, mostrando que a doença continua em expansão e fora de controle.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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