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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-173
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TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM UMA REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ
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Vanessa Cristina Luquini, Ana Beatriz Floriano de Souza, Erick Souza Neri, Tissiane Soares Seixas de Mattos, Carla Fernanda Tiroli, Franciely Midori Bueno de Freitas, Natacha Bolorino, Rafaela Marioto Montanha, Rejane Kiyomi Furuya, Flávia Meneguetti Pieri
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Apesar de mais frequente nos pulmões, a Tuberculose (TB) também atinge outros órgãos através da corrente sanguínea, o que se denomina de tuberculose extrapulmonar (TBEP).

Objetivo

Descrever os casos de tuberculose extrapulmonar notificados, nos anos 2018 a 2020, antes e durante a pandemia de COVID-19, na 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná (RS/PR).

Método

Estudo transversal e quantitativo, utilizando banco de dados do Sistema de Informações de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2018 a 2020. Os dados foram analisados por meio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0, por meio de frequência simples e relativa (CAAE 38855820.6.0000.5231).

Resultados

Foram notificados 1000 casos de TB no período de 2018 a 2020 na 17ª RS/PR, sendo que 13,5% (n = 135) foram diagnosticados com TBEP. Em 2018 ocorreram 58 casos, em 2019, 45, e em 2020, 32. A maioria do sexo masculino (56,3%), raça/cor autodeclarada branca (65,4%), com mais de 10 anos estudo (56,9%), mediana de 36 anos, sendo que 45,2% tinham entre 20 e 39 anos. Quanto à forma, a mais frequente foi a pleural, com 48,9%, seguido pela ganglionar periférica (13,3%), a meningoencefálica (8,1%), óssea (6,7%), ocular (4,4%), miliar (4,4%), geniturinária (3,7%), cutânea (1,5%) e outras (8,9%). Quanto ao tipo de entrada, 86,7% eram casos novos, 6,7% por transferência, 4,4% foram recidiva e 2,2% reingresso após abandono. Com relação aos agravos associados à TB, 20,3% eram tabagistas, 13,6% faziam uso álcool, 12,9% eram diabéticos, 12,6% tinham o diagnóstico de HIV/AIDS, 6,0% utilizavam algum tipo de droga ilícita, 3,8% doença mental e 25% outros. Foi realizado o tratamento diretamente observado (TDO) em 69,2%. Quanto ao encerramento, respectivamente, 57,9% evoluíram a cura, 11,6% abandonaram o tratamento, 9,1% mudaram de diagnóstico, 7,4% óbito por outras causas, 6,6% mudaram de diagnóstico, 4,1% tiveram o esquema alterado, 1,7% apresentaram droga resistência, e 1,7%, evoluíram a óbito pelo agravo.

Conclusão

Observa-se, portanto, no estudo, que o predomínio dos casos com TBEP foi no sexo masculino, raça/cor branca, com mais de 10 anos de estudo, com idade entre 20 e 39 anos, com a forma pleural seguida da ganglionar. O modo de entrada foram casos novos, tabagistas, em uso do álcool, diabéticos e com HIV. Em relação ao tratamento houve adesão quanto ao TDO. Como desfecho foi a cura, entretanto, houve abandono.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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