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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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TUBERCULOSE DA MAMA OU MASTITE GRANULOMATOSA? DESCRIÇÃO DE 280 CASOS CLÍNICOS AMBULATORIAIS E RESULTADOS PRELIMINARES COM DROGAS ANTITUBERCULOSTÁTICAS EM ÁREA ENDÊMICA, SÃO PAULO, BRASIL
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Isabelle Vera Vichr Nisidaa,
Corresponding author
isanisida@gmail.com

Corresponding author.
, Thais Sabato Romano de Gioiab, Marisa Nascimentoc, Viviane Cruz Ramos Cardealb, Ana Márcia Negromonte Martinsb, Flávia Rossib, Carolina dos Santos Lazarib, José Roberto Filassid, Aluísio Augusto Cotrim Seguradoa, Carlos Alberto Ruizd
a Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
b Divisão de Laboratório Central, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
c Divisão de Enfermagem, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
d Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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A mastite granulomatosa (MG), diagnosticada por biópsia, representa menos de 3% das patologias benignas da mama. A tuberculose extrapulmonar da mama em países endêmicos deve ser considerada no diagnóstico e tratamento. Métodos: No período de fevereiro de 2012 a setembro de 2022, 280 mulheres que procuraram o ambulatório com mastite há mais de 1 mês e não responderam ao tratamento antimicrobiano foram submetidas ao seguinte protocolo diagnóstico: 1) biópsia de mama com agulha grossa e/ou 2) investigação microbiológico da na secreção papilar ou fístula mamária, utilizando o MGIT e Myco/F lytic system (BD®), e se positivo submeter à proteína MPT64 por imunocromatografia e/ou 3) DNA Real-time, reação em cadeia da polimerase para o complexo Mycobacterium tuberculosis (RT PCR-MTB) da Abbott®. Exames radiológicos, prova cutânea tuberculínica e QuantiFERON também foram solicitados.

Resultados

Dos pacientes, 277(99%) eram do sexo feminino e 165(56%) brancos; a mediana de idade foi de 36,4 (IQR 30,4-41,7) anos e 12 (IQR 11-12) anos de escolaridade. O intervalo de tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi de 8 (IQR 4-23) meses. As apresentações clínicas incluíram nódulo mamário com abscessos fistulados em 210(76%) como também, em 77(27,9%) não havia sinal inflamatório. As pacientes declararam ter recebido antes da admissão em nosso ambulatório: antibióticos 247(90,5%), prednisona 113(42,3%), metotrexato 14(5,2%) além de terem sido submetidas a cirurgia de mama em 91(33,3%). A prova cutânea tuberculínica e o QuantiFERON foram positivos, respectivamente, em 83 (33%) e 41 (42%) pacientes. Os exames histopatológicos mostraram granuloma em 132 (64%) e histiocíticos/plasmocíticos em 61 (30%) casos. A mamografia, com BIRADS maior que 4, foi 27/83 (32,5%). Bacilos ácido-resistentes foram detectados em 10(4,4%) pacientes. RT PCR-MTB foi negativo em todos os 183 pacientes testados assim como as culturas em MGIT. Em contrapartida, 132 (73%) com MPT64 após inoculação de MYCO/F. De 193 pacientes submetidos a drogas antituberculostáticas (RIPE-Rifampicina+ isoniazida + pirazinamida + etambutol), durante um tempo de terapia de 12 (IQR 9-12) meses, a cura foi obtida respectivamente ao 9o, 12o e 18o mês para 159(85%), 173(93%) e 181(96,7%) pacientes. Sete pacientes abandonaram o tratamento. Durante o tratamento mais prolongado, as quinolonas foram associadas.

Conclusão

Nossa resposta ao tratamento apresentou mais de 90% e melhora qualidade de vida.

Palavras-chave:
mastite crônica Tuberculose mamária mastite granulomatosa tuberculose extrapulmonar
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