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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐437
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TUBERCULOSE ANORRETAL EM IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
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Jaime Emanuel Brito Araujo, Renata Salvador G. de Brito, Júlia Regina C. Pires Leite
Serviço Municipal de Tuberculose de Campina Grande, Campina Grande, PB, Brasil
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Introdução: A tuberculose anorretal é uma forma rara de tuberculose e geralmente ocorre de forma secundária ou concomitante à forma pulmonar, sendo incomum em pacientes imunocompetentes.

Objetivo: Relatar um caso de tuberculose anorretal complicada em paciente imunocompetente por reativação de infecção prévia assintomática.

Metodologia: Os dados do caso foram obtidos por meio da revisão de prontuário, observando os princípios éticos que regem a pesquisa científica.

Resultados: Trata‐se de paciente de 49 anos, sexo masculino, policial, sem comorbidades, sem uso de medicações de uso contínuo, admitido com história de abscessos retais de repetição havia 9 meses, com 3 abordagens cirúrgicas prévias, evoluindo com diarréia esporádica havia 2 meses, dor ao evacuar, perda de peso e episódios de febre esporádica. Há cerca de 30 dias havia recebido o diagnóstico de fístula anorretal e desde então vinha com secreção purulenta perianal. Usou diversos esquemas antimicrobianos sistêmicos e tópicos, sem melhora. Culturas de secreção dos abscessos e da secreção anal frequentemente negativas. Realizou colonoscopia, que mostrou retite crônica inespecífica. Histopatológico de mucosa retal mostrou processo inflamatório crônico granulomatoso inespecífico, com ausência de BAAR e de estruturas fúngicas e ausência de sinais de malignidade. Contato domiciliar prévio prolongado havia 2 anos com familiar portador de tuberculose pulmonar, não tendo realizado investigação para infecção latente na época. Realizado PPD, com 11mm. Tomografia de tórax com granuloma calcificado em lobo superior direito e Tomografia de abdome com granulomas calcificados em baço. Iniciado teste terapêutico com esquema RHZE, evoluindo com remissão completa do quadro clínico e fechamento da fístula anorretal após 6 meses de tratamento regular, sem recidivas.

Discussão/Conclusão: A presença de epidemiologia sugestiva e sinais de infecção pulmonar prévia ou concomitante na ausência de outros diagnósticos mais comuns favorecem a suspeição da tubeculose anorretal. O PPD elevado favorece as evidências de contato prévio ou doença ativa e o histopatológico com aspecto granulomatoso (com ou sem necrose caseosa) auxiliam no diagnóstico. Os abscessos retais e fístulas são as complicações mais comuns, sendo a motivação mais frequente de intervenções cirúrgicas mal sucesidades múltiplas, como no caso citado. A instituição de tratamento clínico com esquema terapêutico efetivo confere remissão completa e boa evolução na grande maioria dos casos.

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