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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐253
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TRICHOMONAS VAGINALIS EM INFECÇÃO URINARIA EM PACIENTE NEONATO
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Mateus Ettori Cardoso, Carlos Quadros, Camila Boen, Kelly Vilela, Eloisa Basile Ayoub
Hospital da Mulher de Santo André, Santo André, SP, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Queixas vulvovaginais são um motivo de constantes visitas ao médico que muitas vezes prescrevem antibióticos de largo espectro, sem necessidade. Muitas vezes pode estar envolvido um caso de abuso sexual, ou de relações sexuais consentidas desconhecidas dos familiares, o que torna difícil a abordagem e o tratamento destas meninas. Embora comum entre mulheres grávidas, é incomum em recém‐nascidos. Bebês com corrimento vaginal foram infectados com T. vaginalis, e o organismo foi cultivado a partir de aspirados traqueais em crianças com doenças respiratórias.

Metodologia: Mulher de 26 anos com relato de perda de líquido vaginal há 03 dias. Mencionava 4 gestações. Pela data da última menstruação, referia idade gestacional de 23 semanas e 3/7. Não realizou pré natal. Na admissão seu exame físico apresentava altura uterina de 28cm, movimentos fetais presentes e batimentos cardio‐fetais de 140/minuto, com saída de líquido claro sem odor ao toque vaginal. Ultrassonografia evidenciou oligoamnio, e foi calculada idade gestacional de 28 semanas e 1/7. Internada com hipótese de ruptura prematura de membrana, evoluindo para trabalho de parto prematuro sem intercorrências. Recém nato do sexo feminino, com peso ao nascimento de 1480g com APGAR 8/9, apresentando desconforto respiratório com necessidade de oxigenoterapia, que manteve por 06 dias. Evoluiu com quadro de sepse tardia, recebendo Ampicilina e Amicacina. Nas culturas, isolada Trichomonas vaginalis em Urocultura. Esquema antibiótico modificado para Vancomicina, Metronidazol e Piperacilina‐Tazobactam. Na evolução apresentou descompensação cardiológica. Permaneceu em nosso serviço durante 75 dias, quando recebeu alta com encaminhamento ambulatorial.

Discussão/Conclusão: Tricomoníase em gestantes está associada a trabalho de parto prematuro e morte neonatal. O principal sintoma nas mulheres é o corrimento vaginal, embora cerca de metade dos casos são assintomáticos. As Infecções sexuais representam um problema de saúde pública. O diagnóstico geralmente é baseado apenas na clínica, o que resulta em muitas vezes em erros. A investigação laboratorial é importante para garantir o tratamento e o controle da infecção. O exame por amostra fresca é o método preferido devido ao seu baixo custo, simplicidade e alta especificidade. O tratamento para lactentes infectados ou colonizados permanecem pouco claros até o momento. Embora o metronidazol não pareça ser teratogênico, pesquisadores sugeriram que a lise do agente pode desencadear um efeito inflamatório.

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