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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-085
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SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE A CARBAPENÊMICOS EM UMA UTI DE PACIENTES COM COVID-19: CONTROLE COM MEDIDAS BÁSICAS É POSSÍVEL
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Glória Selegatto, Christian Pelaes, Gerhard da Paz Lauterbach, Cleberson Donizeti Silva, Camila Rizek, Sânia Alves, Ana Paula Marchi, Silvia Figueiredo Costa
Hospital Universitário, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Surtos relacionados a Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB) em unidades de terapia intensiva são eventos relatados na literatura durante a pandemia de COVID-19 e já observados em serviços do Brasil.

Objetivo

Descrever um surto de CRAB numa UTI adulto destinada a COVID, as medidas de prevenção aplicadas e os resultados após os planos de ação.

Método

Os dados clínicos e epidemiológicos relacionados ao surto foram registrados durante o período do evento pela equipe da UTI e pela equipe da Subcomissão do Controle de Infecção Hospitalar para fins de vigilância epidemiológica do hospital e para notificação. Os materiais para culturas foram coletados com propósito diagnóstico no momento da suspeita clínica e analisados pelo laboratório de referência do serviço (Laboratório Maricondi) e algumas cepas foram encaminhadas para o laboratório externo (Laboratorio de Investigação Médica do Instituto de Medicina Tropical) para análise de linhagem bacteriana com o objetivo de avaliar fonte comum do surto, sensibilidade antimicrobiana e mecanismos de resistência.

Resultados

O surto ocorreu em junho a setembro de 2021 no HU-UFSCAR, em pacientes internados na UTI adulto/ Leitos de suporte ventilatório para pacientes COVID 19 (total de 14 leitos). Neste período, 21 pacientes apresentaram swab de colonização ou cultura clínica positiva para o agente. Destes, 6 evoluíram a óbito (28%). A maioria (85%) apresentou o agente em trato respiratório, sendo um fator comum entre eles a necessidade de suporte respiratório (95%). No período, 2 pacientes tiveram cultura positiva para CRAB, mas encontravam-se internados em área diferente da área do surto (enfermaria não-COVID). Após envio das cepas para laboratório de pesquisa foram identificados 3 clones que eram comuns a todas as áreas do hospital. Foram identificados problemas como má adesão a prática de higiene de mãos, uso de avental e luvas fora do atendimento ao paciente e ausência de rotinas de limpeza dos equipamentos e leitos. Após treinamento de toda a equipe hospitalar, adequação do uso de EPIs, avaliação da qualidade de limpeza tivemos como resultado 4 semanas sem novos isolados e redução da densidade de incidência de infecções por CRAB de 14,4/1000 paciente.dia em julho para 0 em agosto.

Conclusão

Surtos de bactérias multirresistentes estão relacionadas a más práticas de higiene de mãos e limpeza de ambiente. A readequação dessas práticas é eficaz para o controle de surto e consequentemente redução das IRAS dentro de um serviço.

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