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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-084
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EVENTOS ADVERSOS PÓS BIÓPSIA TRANSRETAL DA PRÓSTATA EM UM AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES
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Adrielle Gislaine S. Nhoncanse, Aline Galdino, Richard Rodrigues Nunes, Jairo de Melo Peigo, Renato de Lima Vieira, Walter Schilis, Jessica Muniz, Andrea Batista Oliveira, Maria Claudia Stockler Almeida
AME - Dr. Geraldo Paulo Bourroul, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução

A biópsia transretal de próstata (BTRP) é um exame de extrema importância para detectar precocemente câncer de próstata. Os principais eventos adversos (EA) descritos na literatura são hematúria, hematospermia, sintomas do trato urinário inferior transitórios, infecção e urosepse.1 Esse procedimento pode ser realizado em regime ambulatorial.

Objetivo

Monitorar a incidência de EA pós BTRP em um ambulatório médico de especialidades (AME).

Método

Estudo descritivo retrospectivo que ocorreu no período de jan/2020 a dez/2021, em um AME que realiza em média 200 BRTP por ano. Foi realizada a metodologia busca ativa por meio de contato telefônico 7 dias após BTRP para detectar EA.

Resultados

No período, foram realizadas 406 BTRP. Ciprofloxacina foi utilizado como antibioticoprofilaxia. 353 (87%) pacientes responderam ao contato telefônico, desses 47 (13,3%) relataram EA (hematúria e/ou hematospermia 7 casos; algúria 35 casos; T > 38° 32), desses 26 (6,4%) pacientes tiveram diagnóstico de ITU e receberam antimicrobianos (20 em regime ambulatorial, 5 em regime hospitalar e 1 em regime de Hospital Dia). Todos apresentaram remissão completa dos sintomas.

Conclusão

Os achados acima mostram taxa de ITU pós BTRP com uso de ciprofoxaxina como profilaxia de 6,4% e taxa de internação hospitalar de 1,4%. Dados da literatura reportam taxa de internação pós BTRP por sepse de 1% a 3%1 e aumento na incidência de enterobactérias resistentes à fluorquinolonas tanto em pacientes colonizados como infectados.2,3 Este estudo mostra a eficácia da antibioticoprofilaxia instituída pelo serviço, porém é necessário manter vigilância pós BTRP para assegurar continuidade desta eficácia no esquema de antibioticoprofilaxia proposto.

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Referências

  • 1.

    Bruyère F, Malavaud S, Bertrand P, Decock A, Cariou G, Doublet JD, et al. Prosbiotate: a multicenter, prospective analysis of infectious complications after prostate biopsy. J Urol. 2015;193:145-50.

  • 2.

    Liss MA, Taylor SA, Batura D, Steensels D, Chayakulkeeree M, Soenens C, et al. Fluoroquinolone resistant rectal colonization predicts risk of infectious complications after transrectal prostate biopsy. J Urol. 2014;192:1673-8.

  • 3.

    Divisão de Infecção Hospitalar, Centro de Vigilância Epidemiológica “Professor Alexandre Vranjac”, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/infeccao-hospitalar/dados/ih2020_dados_hospitais_gerais.pdf. (Acesso em 28/abr/2022).

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