Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-024
Open Access
SOBREVIDA DE HOMENS E MULHERES VIVENDO COM HIV NA 17ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ, BRASIL, 2007-2019
Visits
1241
Erick Souza Neri, Rafaela Marioto Montanha, Carla Fernanda Tiroli, Ana Beatriz Floriano de Souza, Natalia Marciano de Araujo Ferre, Laís Cristina Gonçalves Ribeiro, Vanessa Cristina Luquini, Franciely Midori Bueno de Furtado, Ana Caroline Carvalho, Flávia Meneguetti Pieri
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

Diminuir as desigualdades que impactam nas formas de viver e de morrer em consequência da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é um grande desafio para o controle da epidemia causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana.

Objetivo

Avaliar o tempo de sobrevida segundo características demográficas, comportamentais e clínicas de homens e mulheres vivendo com HIV.

Método

Trata-se de uma coorte retrospectiva. A amostra foi selecionada por casos de HIV/AIDS, de indivíduos com 13 anos ou mais, notificados pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação, entre 2007 e 2019, pertencentes a 17ª Regional de Saúde do Paraná. Foi realizado a estimação de sobrevida por meio do método de Kaplan-Meier e teste de log-rank estratificados por sexo masculino e feminino.

Resultados

Foram incluídos 3.264 registros, ao final de 140 meses de seguimento, 2.835 (86,9%) sobreviveram, tendo ocorrido 429 (13,1%) óbitos por causas relacionadas à AIDS. A estimativa média de sobrevida geral dos indivíduos foi de 120,6 meses (IC95%: 118,9-122,3), enquanto daqueles que morreram por causas relacionadas a AIDS foi de 15,6 meses (IC95% 13,0-18,3) tendo 71,3% dos óbitos ocorrido no primeiro ano após o diagnóstico. Estiveram associados ao menor tempo de sobrevida pós diagnóstico: idade ≥ 40 anos, sem escolaridade e até 8 anos de estudo, homens heterossexuais, contagem de Linfócitos T CD4+ < 350 cél/mm3 e Infecção Oportunista no momento do diagnóstico, com diferentes magnitudes entre os sexos, no qual os homens apresentou menor tempo de sobrevivência em todas as categorias quanto comparados as mulheres. Destaca-se que homens sem nenhuma escolaridade apresentou o menor tempo de sobrevivência de toda a amostra (84,4 meses; IC95% 62,3-106,4), enquanto aqueles que não tiveram infecção oportunista no momento do diagnóstico, o maior tempo de sobrevivência (138,6 meses; IC95% 137,6-139,6).

Conclusão

A taxa de sobrevivência foi expressamente maior que os óbitos, mesmo em intervalos de tempo distintos, e no modelo nas quais as características como a idade avançada, ter baixa escolaridade, Infecção Oportunista e menor contagem de Linfócitos TCD4+ impactaram na sobrevida de pessoas vivendo com HIV, especialmente os homens que apresentou menor sobrevida em todas as categorias analisadas. Diante das características demográficas, comportamentais e clínicas dos casos de HIV e AIDS reconhece-se disparidades na sobrevida entre homens e mulheres vivendo com HIV.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools