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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-022
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PESSOAS VIVENDO COM HIV EM ABANDONO DO TRATAMENTO: RESGATE E PROMOÇÃO DA SAÚDE
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Gilselena Kerbauy, Viviane Michele Amaral, João Vitor Silva Nascimento, Gabrielle Silva Santos, Juliana Helena Montezeli
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Introdução

A terapia antirretroviral reduziu a morbidade e mortalidade de Pessoas Vivendo com HIV (PVIHV), pois impede a replicação do HIV no organismo humano. Entretanto, no município de Londrina-PR, de acordo com dados da Unidade de Dispensação de Medicamentos do serviço de referência em HIV/Aids do município, 532 PVHIV encontravam-se em abandono do tratamento (Relatório Março/2021).

Objetivo

Promover o tratamento de Pessoas Vivendo com HIV em abandono do tratamento mediante uso de tecnologia de educação em saúde.

Método

O público-alvo deste estudo foram adultos vivendo com HIV vinculados ao Serviço de Assistência Especializada do município de Londrina, em abandono do tratamento há mais de 100 dias. As ações foram desenvolvidas em seis etapas: 1- Busca ativa por ligações telefônicas às PVHIV em abandono da terapia e oferta de atendimento individualizado; 2-Recepção e acolhimento das pessoas que aceitaram receber atendimento; 3-Entrevista para identificar os motivos do abandono; 4-Ação de educação em saúde com o uso do “Material Educativo sobre HIV” (Patente: BR 10.2020.003765.0); 5-Entrevista para avaliar a ação do estudo; 6-Agendamento de consulta médica, exames laboratoriais e oferta dos medicamentos que estavam em atraso na retirada. Este estudo tem aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual de Londrina sob parecer n° 4.160.941.

Resultados

Das 532 PVHIV em abandono do tratamento, foram identificados 140 óbitos. Dos 392 sobreviventes, 20 (5,1%) atenderam à chamada telefônica e sete (35%) consentiram participar do estudo. Foram relatados como motivos do abandono do tratamento a desmotivação, mudança temporária de cidade, falta de tempo para comparecer à farmácia, esquecimento quanto ao uso diário da medicação e ausência de parceria sexual para motivar alcance da carga viral indetectável. Após a ação de educação em saúde, os relatos dos participantes convergiram para a motivação em retomar o tratamento mediante a compreensão dos benefícios. Para todas as PVHIV atendidas pelo projeto foram ofertados os medicamentos, bem como agendadas as consultas médicas e a coleta dos exames.

Conclusão

Os resultados indicaram que existem muitas dificuldades em realizar o contato telefônico com os casos de abandono, e que mesmo os motivos da descontinuidade do tratamento sendo variados, todos os participantes se sentiram motivados a resgatar o tratamento, indicando que a educação em saúde pode ser uma ferramenta de conscientização para adesão ao tratamento de pessoas vivendo com HIV.

Ag. Financiadora

GSK GLAXO SMITH KLINE.

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