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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA EM CRIANÇAS INTERNADAS NO PRIMEIRO ANO DE PANDEMIA DE SARS-COV2– DIFERENÇAS CLÍNICAS ENTRE AS ETIOLOGIAS VIRAIS
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Yárina Rangel Vieira
Corresponding author
yarinarangel@yahoo.com.br

Corresponding author.
, Clara Vasconcelos Orlandi, Felipe Simões Nascimento, Ana Cristina Cisne Frota, Giuliana Pucarelli Lebreiro, Thalita Fernandes de Abreu, Patricia de Mattos Guttmann, Fernanda Queiroz Maciel, Thiago Dias Anachoreta, Catherine Crespo Cordeiro, Cristina Barroso Hofer
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

A síndrome respiratória aguda (SRA) é uma das principais causas de morbi/mortalidade nos primeiros anos de vida, onde a etiologia viral predomina. A partir de março de 2020, com a pandemia do SARS-COV2, um novo agente etiológico surgiu num cenário onde antes o vírus sincicial respiratório (VSR) se destacava. O objetivo deste estudo é diferenciar a infecção pelo SARS-COV2 e VSR em crianças admitidas por SRA em hospital de referência comparando as características clínicas e epidemiológicas em uma coorte de indivíduos de até 48 meses de vida.

Métodos

Crianças de até 48 meses de vida, admitidas em hospital pediátrico terciário com diagnóstico de SRA, entre abril/2020 e abril/2021, foram convidadas a participar deste estudo de coorte. Foi coletada amostra de secreção respiratória entre 2-5 dias de internação e realizados testes de antígeno/PCR para etiologias virais. Nesta análise, foram selecionados os pacientes que apresentaram isolamento de SARS-COV2 e/ou VSR, e comparadas as suas características clínicas e epidemiológicas através de regressão logística.

Resultados

Foram isolados, dentre os 369 participantes, SARS-COV2 em 15% (55), VSR em 16% (59), e em 1% (5) foram isolados os dois vírus. A idade média da coorte foi de 12 meses (0-48 meses), sendo 47 indivíduos do sexo feminino. As características significativamente mais frequentes em pacientes com VSR, comparados àqueles com COVID-19, foram: menor idade (OR = 0,95, IC95% = 0,91-0,99), febre mais frequente (OR = 7,21, IC95% = 1,67-31,18), menos sintomas respiratórios como coriza (OR = 0,16, IC95% = 0,04-0,56) e taquipneia (OR = 0,09, IC95% = 0,02-0,44) e menor proteína C reativa (OR = 0,98, IC95% = 0,97-1,00).

Conclusão

As crianças com SRA por VSR eram mais novas, apresentavam febre à admissão, mas menor frequência de sinais de infecção de vias aéreas superiores e inflamação sistêmica, quando comparadas às crianças internadas por COVID-19, durante o primeiro ano de pandemia. Não foi possível diferenciar o agente etiológico baseado na análise de dados clínicos e laboratoriais inespecíficos visto que suas manifestações são muito semelhantes. É fundamental, portanto, realizar exames específicos como pesquisa de antígeno/PCR para identificação do agente etiológico.

Palavras-chave:
Vírus Sincicial Respiratório Humano Covid-19 Infecções Respiratórias Criança
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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