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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ COMO A PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA DEFICIÊNCIA HUMANA
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Gabriella Dantas Ribas
Corresponding author
gabrielladantasribas@gmail.com

Corresponding author.
, Fernanda Gurgel de Oliveira, Bruna Carolina Sawa, Jefersson Matheus Maia de Oliveira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) como apresentação única de infecção recente por HIV é extremamente rara, manifestada principalmente durante o período de soroconversão ou de reconstituição imune. Relatamos o caso de um paciente de 27 anos do sexo masculino, admitido no Hospital Giselda Trigueiro - Rio Grande do Norte, com história de paraparesia de membros inferiores, flácida, simétrica, ascendente, evoluindo progressivamente até uma tetraparesia com envolvimento de diafragma, disartria e paralisia facial com quatro meses de sintomas. O paciente apresentava sorologias prévias para HIV negativas e apresentou teste rápido positivo para HIV no momento da admissão hospitalar, com diagnóstico confirmado por Immunoblot. O mesmo apresentava vínculo epidemiológico para infeção aguda: esteve em sistema prisional nos seis meses que antecederam o quadro, referindo relações sexuais desprotegidas com múltiplos parceiros. Foi submetido a punção lombar para coleta de líquido cefalorraquidiano com presença de dissociação proteino-citológica (proteínas 670 mg/dL, glicose 72 mg/dL, hemácias 14/mm3 e celularidade 14/mm3 - 95% mononucleares, 5% polimorfonucleares), com VDRL e FTA-ABS ambos negativos nesse material, além de eletroneuromiografia mostrando escassos sinais agudos de desmielinização (ondas positivas) e redução do número de unidades motoras recrutadas com aumento de frequência de disparo (padrão neurogênico), concluindo uma polineuropatia sensitiva e motora do tipo desmielinizante com discreta degeneração axonal secundária e cumprindo critérios para Síndrome de Guillain-Barré. Realizou tomografia computadorizada de crânio e ressonância magnética de coluna cervical, torácica e lombar, sem alterações. Foi instituída terapia com imunoglobulina humana 0,4 g/kg/dia por cinco dias e introduzida terapia antirretroviral com tenofovir 300 mg, lamivudina 300 mg e dolutegravir 50 mg, com melhora parcial da força e da paralisia facial. A contagem de linfócitos T CD4 no momento do diagnóstico foi de 292 células/mL. Apesar de apresentação clínica rara, ao se avaliar paciente jovem com SGB a infecção aguda pelo HIV deve ser aventada na lista de diagnósticos diferenciais, uma vez que a introdução oportuna do tratamento com imunoglobulina ou plasmaférese impacta diretamente na morbimortalidade da doença. Nosso paciente recebeu o diagnóstico e o tratamento tardios, evitando a progressão do quadro para o óbito, porém mantendo sequelas limitantes à funcionalidade.

Palavras-chave:
HIV Síndrome de Guillain-Barré Infecção aguda
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