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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: INFECÇÃO PELO HIV-AIDS E ISTSEP-076
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SIFILIS MALIGNA - RELATOS DE CASOS
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Andressa Noal, Adriana Neis Stamm, Izabele Linhares Cavalcante, Frederico Cunha Abbott, Igor Souza Bernardotti, Pedro Moreno Fonseca, Jaysa Pizzi, Carlos Henrique Kwitko, Julia Somenzi Villa, Greici Taiane Gunzel
Hospital Nossa Senhora da Conceição, Brasil
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Introdução

A sífilis maligna (SM) é um acometimento dermatológico incomum da doença causada pelo Treponema Pallidum, apresentando-se com lesões cutâneas ulceradas e necróticas. A nomenclatura deriva da similaridade com doenças malignas.

Objetivo

Mostrar a importância do diagnostico diferencial das lesões de pele, levando-se em consideração a alta prevalência de infecção por sífilis.

Resultados

Caso 1: Paciente feminina, 42 anos, HIV, iniciou com lesões descamativas em membros, tronco e face, evoluindo para lesões ulceradas há 6 meses. VDRL 1:512. Biópsia de pele com anatomopatologico: dermatose perivascular e perianexial, dano vasculopático caracterizado por edema endotelial e denso infiltrado inflamatório crônico, predominantemente linfocitário, cariorrex com espongiose e exocitose de linfocitos. Lesões em dorso impossibilitaram realização de punção lombar, realizado tratamento empírico para neurossífilis com Penicilina Cristalina (14 dias) mais 3 doses de Penicilina Benzatina 2400000UI. Evoluiu com melhora substancial das lesões, permanecendo manchas cicatriciais. Caso 2: Paciente feminina, 26 anos, HIV, apresenta lesões hiperemiadas e pruriginosas pelo corpo e mucosa oral há 2 meses. Procura emergência por sincope e persistência das lesões. Iniciado Piperacilina-Tazobactam devido infecção secundária das lesões e paciente evoluiu com rebaixamento do sensório e hipoxemia, levada à UTI. VDRL de 1:16. Hipótese de fenômeno de Jarish-Herxheimer devido piora neurológica e respiratória após infusão de penicilina. Realizado 3 doses de Penicilina Benzatina 2400000 UI, com melhora das lesões progressivamente, sem neurossifilis em punção lombar.

Conclusão

Sífilis é uma doença infecciosa crônica caracterizada por períodos de latência e atividade. A forma ulceronodular da sífilis secundária é conhecida como sífilis maligna (SM). Pessoas com HIV possuem risco 60 vezes maior de desenvolver SM. Podem ser pápulas pleomórficas, que se transformam em pústulas e nódulos, e após, centro necrótico que ulcera, coberta por crostas acastanhadas. Na histopatologia: infiltração de plasma e linfócitos na derme, especialmente perivascular, podendo formar granulomas. A imunohistoquímica apresenta alta sensibilidade. A confirmação da SM é feita pelos critérios de Fisher: morfologia compatível micro e macroscopicamente; teste sorológico reagente para sífilis; reação de Jarish-Herxheimer ao tratamento e resposta dramática ao tratamento. O tratamento são 3 doses de penicilina benzatina (2400000UI) e melhora clínica se dá em poucas semanas.

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