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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 211
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SÍFILIS ADQUIRIDA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, 2015 A 2019
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Gabriela Almeida Chaves dos Santosa, Yasmin Nascimento Fariasb
a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Secretaria Municipal de Saúde do Rio De Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. No Brasil foram notificados 238.172 casos em 219, sendo 64,2% casos de sífilis adquirida. O cenário do município do Rio de Janeiro (MRJ) é semelhante, com elevada incidência de sífilis. O MRJ é dividido em dez Áreas de Planejamento (AP) de saúde, apresentando diferentes perfis epidemiológicos. O objetivo deste estudo é analisar a situação epidemiológica da sífilis adquirida na AP 3.1 do MRJ nos anos de 2015 a 2019.

Métodos

Trata-se de um estudo ecológico de série temporal com dados das notificações individuais de sífilis adquirida em residentes da AP 3.1 no período de 2015 a 2019 provenientes do SINAN. Foi calculada a taxa de incidência de sífilis adquirida por 100.000 habitantes ao longo dos anos estudados, além da proporção de casos segundo variáveis sociodemográficas. As análises dos dados foram realizadas no Microsoft Excel e Software Livre R versão 4.0.2. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/SMS-RJ sob parecer n° 4.782.386/2021.

Resultados

A taxa de incidência de sífilis adquirida na AP 3.1 apresentou um aumento expressivo entre os anos de 2015 (35,0 casos/100.000 habitantes) e 2017 (137,0/100.000 habitantes) e, posteriormente, uma queda desta taxa até 2019 (103,0 casos/100.000 habitantes). As maiores proporções de casos de sífilis adquirida ocorreram em homens (56,3%), de 25 a 39 anos (36,0%), da cor parda (36,6%) e de baixa escolaridade. Residentes da 11ª e 31ª Região Administrativa (RA) correspondem ao maior número de casos no período, mas quando analisadas as taxas por RA, a 10ª RA (Ramos) possui os maiores riscos de infeção no decorrer dos anos, com uma taxa de incidência de 220,0/100.000 em 2019.

Conclusão

A taxa de incidência de sífilis adquirida na AP 3.1 demonstrou aumento no período, mantendo-se abaixo da taxa municipal e acima da taxa nacional. Quando analisada por RA verificam-se taxas mais elevadas e desiguais entre as regiões. Ressalta-se que nos primeiros anos do período em estudo, a baixa taxa de incidência pode estar relacionada à subnotificação de casos. Além disso, é possível notar que a incidência de sífilis adquirida está associada às populações mais vulneráveis do território. Tais dados apoiam o planejamento em saúde e reforçam a importância das ações de assistência voltadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção da sífilis, uma vez que impactam diretamente nos indicadores de sífilis em gestantes e congênita.

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