Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 2 ‐ Horário: 14:12‐14:17 ‐ Forma de Apresentação: E‐Pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A hepatite C e a Aids são tidas como doenças de grande relevância no cenário mundial por causa da alta prevalência e morbidade.
Objetivo: Avaliar a resposta ao tratamento de hepatite C em coinfectados com HIV de acordo com os diferentes protocolos do Ministério da Saúde.
Metodologia: Estudo descritivo de olhar retrospectivo, foram analisados 37 casos de pacientes com coinfecção HIV‐HCV, que completaram tratamento até 2017 no município de Catanduva, SP, por meio de prontuários e fichas de notificação, respeitaram‐se os critérios de inclusão (idade superior a 18 anos, presença da coinfecção estudada e atendimento no município), exclusão (coinfectados com HBV, monoinfectado por HCV, hepatite C aguda e menores de 18 anos) e variáveis da amostra. A análise estatística não foi feita em virtude da pequena amostragem e resposta total ao tratamento nos pacientes que fizeram uso dos antivirais de ação direta.
Resultado: Como resultados, 75,6% são do sexo masculino, a mediana foi de 46 anos, com maioria de cor branca. A aquisição do vírus, em 75,6% dos casos, foi pelo compartilhamento de seringas e agulhas não descartáveis. Houve predomínio do genótipo 3 (56,6%) e grau moderado de fibrose (69,6%). Todos os pacientes tinham carga viral para o HIV indetectável no início do tratamento. Dentre eles, 81,1% foram tratados por esquema antigo (interferon penguilado + ribavarina por período mínimo de 48 semanas), com sucesso de 66,6%. Dos 17 doentes que fizeram uso do esquema novo (sofosbuvir + daclatasvir, ou sofosbuvir + daclatasvir + ribavirina), 10 tiveram falha prévia do tratamento antigo e sete iniciaram tratamento com o protocolo novo, a porcentagem de sucesso foi de 100%.
Discussão/conclusão: Embora existam limitações no estudo, os resultados do perfil demográfico são representativos da população de infectados e não diferem significativamente da literatura nacional. A resposta ao tratamento antiviral com interferon e ribavirina no grupo foi melhor do que a obtida em bibliografia, em razão de controle satisfatório da infecção por HIV e presença de fatores preditivos de resposta ao HCV. Com relação ao tratamento com drogas de ação direta, os dados obtidos podem ser comparados com os da literatura internacional.