XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoAs infecções causadas por Acinetobacter baumannii resistente aos Carbapenêmicos (CRAB) são um problema de saúde devido às limitadas opções terapêuticas disponíveis.
ObjetivoEste estudo foi realizado para avaliar os principais mecanismos de resistência aos carbapenêmicos em CRAB nos últimos 10 anos no Brasil e descrever o perfil de susceptibilidade à tigeciclina e às polimixinas nesses isolados.
MétodosFoi conduzida uma revisão sistemática segundo o PRISMA nas bases de dados PUBMED/MEDLINE, Scopus, SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Biblioteca Cochrane. Os dados relativos à resistência enzimática aos carbapenêmicos foram avaliados por meta análises de acordo com o efeito aleatório.
ResultadosForam selecionados 21 artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão que avaliaram 1.096 isolados de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos. A maioria dos estudos foi realizada nas regiões Sul (33,3%) e Sudeste (23,8%) do Brasil e nos anos de 2016 e 2018. De acordo com as metanálises, a carbapenemase do tipo OXA foi o principal mecanismo envolvido na baixa susceptibilidade aos carbapenêmicos em CRAB (98%; 95% IC 0.91, 0.99; I²=95%), com blaOXA-23- like (91%; 95% IC 0,76; 0,97; I²=97%) ou blaOXA -51-like/ISAba1 (84%; 95% IC 0.15, 0.99; I²=98%) genes, seguidos por Metalo-β-Lactamases (MBL) (12%, 95% IC 0,09, 0,15, I²=99%) e Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) (6%, 95% IC 0,04; 0,08; I²=87%).
ConclusãoOs estudos incluídos mostraram que a susceptibilidade à colistina (99%) e tigeciclina (93%) permanece alta e não foi afetada pela resistência aos carbapenêmicos.