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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐415
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RELATO DE CASO: NEUROCRIPTOCOCOSE EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE
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Matheus Pessoa Soares Oliveira, Thiago Piterman Martins, Lucas Eduardo Santos Fonseca, Luisa Paschoal Prudente, Isabela Lobo Lima, Pedro Henrique Emygdio, Luciana Moreira Soares, Izabela Resende E. Costa, Herbert José Fernandes, Cristina Maria Miranda Bello
Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME), Barbacena, MG, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Criptococose é uma infecção de natureza sistêmica causada por fungos do gênero Cryptococcus. De porta de entrada inalatória, a doença é potencialmente fatal e comumente diagnosticada em pacientes imunossuprimidos, acometendo principalmente pulmão e sistema nervoso central. Nos imunocompetentes, a meningoencefalite é a principal apresentação, geralmente provocada pelo C. Gatti e está associada a maiores sequelas. Diagnóstico é realizado por análise do líquido cefalorraquidiano (LCR).

Objetivo: Relatar caso de meningite por criptococose em imunocompetente.

Metodologia: Paciente masculino, 55 anos, hipertenso há 20 anos e com história de acidente vascular encefálico isquêmico há 05 anos, deu entrada em pronto atendimento com queixa de cefaléia parieto‐occipital bilateral há 15 dias, febre termometrada e vômitos em jato há 5 dias da admissão. Tomografia de crânio e ressonância magnética sem alterações. Exame do LCR demonstrou pesquisa de fungos positivo, teste rápido para criptococo positivo e teste anti‐HIV não reagente. Iniciado Anfotericina B por 6 semanas evoluindo com piora da função renal, alternando para anfotericina B complexo lipídico e fluconazol. Após melhora clínica e laboratorial, com 47 dias de internação, recebeu alta hospitalar. Iniciado terapia de consolidação com fluconazol 750mg/dia e descalonando para 300mg/dia por mais 1 ano.

Discussão/Conclusão: Meningite criptocócica em pacientes imunocompetentes apesar de rara, é associada a elevada morbimortalidade. Em um estudo americano, a mortalidade após 90 dias do diagnóstico foi de 27%, taxa maior que em pacientes soropositivos. Habitualmente a doença cursa com cefaleia, alteração da consciência, febre, náuseas e vômitos, sintomas frequentes nas meningites bacterianas, sinalizando para o diagnóstico diferencial e suspeição em qualquer paciente. No caso relatado, o diagnóstico foi realizado com o teste rápido para criptococo no LCR e posteriormente confirmado por cultura, padrão ouro no diagnóstico. A associação da Anfotericina B e flucitosina tem mostrado melhor resolução da infecção, entretanto a flucitosina não é disponível no Brasil. Em virtude da nefrotoxicidade, foi necessária troca para anfotericina B complexo lipídico. A alta foi realizada após cultura negativa no LCR e instituídas as fases de consolidação e manutenção com fluconazol. Assim como observado no caso relatado, o diagnóstico precoce e o manejo de complicações, aumentam as chances de um desfecho favorável.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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