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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-016
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RELATO DE CASO DE PACIENTE COM ASPERGILOSE PÓS COVID GRAVE
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Jaqueline Martins, Clarissa Guedes
Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Joaçaba, SC, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

No final do ano de 2019, surgiram os primeiros casos de infecção respiratória que evoluíram com pneumonia de causa desconhecida. Em março de 2020, após a descoberta do COVID-19 e sua amplitude global, foi decretada a pandemia. Dentre muitos estudos e descobertas deste período, destaca-se o aparecimento de Aspergilose Pulmonar em pacientes que tiveram infecção por coronavírus.

Objetivo

Objetivou-se relatar o aparecimento de Aspergilose Pulmonar em paciente com infecção pelo coronavírus, o qual fez uso de Tocilizumabe.

Resultados

Paciente de 47 anos, sexo masculino, portador de hipertensão arterial sistêmica e obesidade grau 1, previamente internado em outro município foi transferido ao serviço de Emergência do Hospital São Camilo de Concórdia, SC, Brasil. O paciente apresentava sintomas respiratórios, febre e dores no corpo, e exames confirmaram a infecção por Covid-19. Após 12 dias de sintomas, necessitou internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a evolução para o quadro grave da doença apresentando pneumonia, 75% de acometimento pulmonar, e necessidade de ventilação com auxílio de máscara de oxigênio. Além do esquema de antibioticoterapia, recebeu Tocilizumabe no primeiro dia de internação na UTI. Recebeu alta hospitalar após 30 dias de sintomas e 18 dias de cuidado intensivo, devido a melhora clínica e laboratorial, com recomendações de fisioterapia, oxigênio domiciliar, e Rivaroxabama. No entanto, após três dias de alta hospitalar iniciou com quadro febril persistente, sudorese noturna, e piora do padrão respiratório. Sem melhoras, retornou ao hospital, que confirmou quadro de pós covid grave. Além da piora clínica, apresentou trombocitose, anemia e cavitação pulmonar causada pelo fungo Aspergillus. O diagnóstico de Apergilose foi confirmado após realização de cirurgia torácica e análise patológica da bola fúngica retirada durante o procedimento. Dentre os medicamentos que fez uso, citam-se: Anfotericina B e Voriconazol. Após 86 dias de internação, seguiu estável e recebeu alta.

Conclusão

O caso referido trata-se de um paciente jovem, com poucas comorbidades e que evoluiu para o quadro grave pós infecção. O uso de Tocilizumabe, apesar de reduzir a mortalidade por coronavírus causa uma imunossupressão importante e deixa o paciente susceptível a infecções, no caso relatado acima, à Aspergilose Pulmonar. O diagnóstico precoce e o cuidado multiprofissional certamente contribuíram para um desfecho positivo do paciente.

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