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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-225
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RÁPIDA INSERÇÃO E DISSEMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA EM UMA UNIDADE COVID E O IMPACTO NO TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO DE PACIENTES COM BACTEREMIA
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Alan Pereira Chagas, Valéria Paes Lima
Hospital Universitário de Brasília (HUB), Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A Covid-19 é uma doença viral causada pelo SARS-CoV2 e com possibilidade de evolução para síndrome respiratória aguda grave. Uma possível complicação é a ocorrência de infecções bacterianas secundárias, incluindo eventos relacionados a assistência, que podem impactar significativamente no desfecho dos pacientes.

Objetivo

Avaliar o perfil de agentes infecciosos e a terapia antimicrobiana empírica em pacientes internados em uma Unidade Covid e que apresentaram hemocultura positiva durante o ano de 2020.

Método

Foi realizado estudo retrospectivo, com busca das hemoculturas positivas de pacientes internados na Unidade Covid, registro do perfil epidemiológico e de sensibilidade, seguida de avaliação no prontuário eletrônico do paciente da terapia antimicrobiana prescrita. Os pacientes eram direcionados pelo sistema de regulação do Distrito Federal a partir de toda a rede pública local.

Resultados

No período do estudo houve 126 hemoculturas positivas, sendo 73 (58%) classificadas como contaminação de coleta (crescimento de Staphylococcus coagulase negativa). Dos casos classificados como infecção, 12 ocorreram por bactérias Gram positivas (4 Staphylococcus aureus, 5 Enterococcus faecalis e 5 Enterococcus faecium) e 41 por bactérias Gram negativas, sendo 33 (80%) fermentadoras de glicose e 8 (20%) não fermentadoras de glicose. O percentual de sensibilidade das bactérias Gram negativas foi de 12,5% para meropenem, 70% para amicacina e 100% para polimixina B (em 10% dos casos o teste de sensibilidade à colistina não foi realizado). A primeira bactéria multirresistente foi identificada 20 dias após a internação do primeiro paciente internado por Covid-19. Em 33,3% (14/42) dos casos em que a antibioticoterapia empi´rica foi institui´da o paciente evoluiu a óbito antes do resultado final da hemocultura, dos quais 92,85% (13/14) foram classificados como infeccções hospitalares, 71,42% (10/14) infectados com bactérias multirresistentes e 64,28% (9/14) com tratamento empi´rico institui´do sabidamente inadequado.

Conclusão

A resistência bacteriana é um grave problema de saúde pública e com impacto significativo no desfecho dos pacientes. Investir em estratégias para a prevenção de infecções hospitalares deve ser prioritário mesmo em cenários de crise, como no período pandêmico. É urgente viabilizar o uso de recursos diagnósticos microbiológicos rápidos.

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