Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 070
Full text access
PULSOTERAPIA COM METILPREDNISOLONA NA SÍNDROME DE HIPERFERRITINEMIA DA COVID-19. RELATO DE DOIS CASOS
Visits
1997
Jaques Sztajnbok, Mariana Lanna Magalhães, Nidyanara Francine Castanheira de Souza, Murillo Crivillari, Ceila M.S. Malaque
Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução

Hiperferritinemia à admissão é reconhecida como determinante de desfecho desfavorável em COVID-19. Mas a ferritina plasmática é também um sensível biomarcador de grande utilidade na monitorização da atividade inflamatória nestes pacientes.

Relato de caso

Apresentamos dois casos nos quais a monitorização contínua deste biomarcador permitiu a detecção de Sd. Hiperferritinêmica que responderam favoravelmente à pulsoterapia com metilprednisolona. Caso 1 - Paciente do sexo masculino, 28 anos, previamente hígido. Negava comorbidades. Internado em nosso serviço no sexto dia de sintomas da COVID-19, evoluindo para SRAG. Cursou ao longo dos dias com piora expressiva do padrão respiratório, sendo necessária a realização de intubação orotraqueal. Concomitantemente à deterioração respiratória, exames laboratoriais evidenciaram aumento abrupto de proteína C reativa e de ferritina. Suscitada a hipótese de síndrome hiperferritinêmica. Assim, optou-se pela instituição de pulsoterapia com Metilprednisolona 1g/dia EV por 05 dias. Paciente evoluiu com melhora do padrão respiratório e queda da ferritina, sendo extubado dez dias depois. Caso 2 - Paciente do sexo feminino, 49 anos. Apresentava sobrepeso e hipertensão arterial sistêmica. Internada no nosso serviço no sétimo dia de sintomas da COVID-19. Evoluiu para SRAG, realizada intubação orotraqueal de urgência. Ao longo da internação, cursou com múltiplas complicações como infecção de corrente sanguínea, candidemia, pneumonia associada à ventilação, insuficiência renal aguda, infecção intestinal por Schistosoma mansoni e Giardia lamblia e TRALI - lesão pulmonar aguda associada à transfusão. Além da deterioração clínica progressiva, apresentou aumento significativo dos níveis de ferritina, caracterizando uma síndrome hiperferritinêmica, o que motivou a instituição de pulsoterapia com Metilprednisolona 1g EV ao dia por três dias. Após quarenta e quatro dias em ventilação mecânica, foi possível a transição para nebulização em traqueostomia. Recebeu alta após cinquenta e sete dias de internação hospitalar, confortável em ar ambiente, com sequela de tremor de extremidades e marcha atáxica.

Discussão

A partir desses dois relatos de casos, propomos uma discussão sobre a associação entre COVID-19 grave e síndrome hiperferritinêmica, com suas possíveis abordagens terapêuticas.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools