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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 149
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PREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO PELO HERPESVÍRUS SIMPLEX-2 (HSV-2) E VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) ENTRE MULHERES TRANSGÊNERAS
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Daniel Borges Barbosaa, Bruno Vinícius Diniz e Silvab, Antoninho Barros Milhomemb, Sheila Araújo Telesc, Megmar Aparecida dos Santos Carneirob
a Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
b Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
c Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

Os transgêneros são pessoas que se identificam com o gênero diferente do que lhes foi atribuído ao nascimento. Nesse contexto, consideram-se mulheres transgêneras, aquelas que nasceram com o sexo biológico masculino, mas se identificam como mulheres. Essa população apresenta comportamentos, como múltiplos parceiros e sexo desprotegido, que contribuem para o aumento do risco para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) como a infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e pelo o Herpesvírus Simplex-2.

Objetivo

Estimar a prevalência de coinfecção entre HSV-2 e HIV entre mulheres transgêneras residentes em Goiás. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado entre 06/2018 e 08/2019 com mulheres autodeclaradas transgêneras recrutadas por meio da técnica Respondent Driven Sampling (RDS). Todas as participantes responderam um questionário estruturado sobre características sociodemográficas e fatores comportamentais de risco sexual. Em seguida, foram coletadas amostras de sangue venoso para detecção de anticorpos (IgM e IgG) contra HSV-2 e HIV, utilizando o ensaio imunoenzimático (ELISA). Posteriormente, os resultados foram tabulados e analisados através do software IBM SPSS® Statistics versão 15.0 e RDSAT versão 5.6.

Resultados

Participaram 440 mulheres transgêneras provenientes de Goiânia, Itumbiara e Jataí. Observou-se que 46,4% das participantes tinham idade superior a 30 anos, sendo a média etária da população de 26,9 anos (dp = 8,0), 81,7% das participantes eram solteiras e a maioria (61,3%) declarou ter entre 10 e 12 anos de estudo. Práticas como sexo anal insertivo (57,5%) e sexo anal receptivo (97,5%) foram reportadas. Aceitar dinheiro, drogas ou bens de consumo em troca de sexo em algum momento da vida foi relatado por 81,1% das participantes e 28,6% relataram que tiveram entre 2 e 20 parceiros nos últimos 7 dias. A coinfecção entre HIV e anti-HSV-2 IgM foi detectada em 3,1% (IC 95%: 1,2 - 5,9) e entre HIV e anti HSV-2 IgG em 19,8% (IC95%: 14,6 – 25,9) das mulheres transgêneras.

Conclusão

Os dados demonstram elevada coinfecção de HSV-2 e HIV entre mulheres transgêneras e comportamentos que as tornam suscetíveis a coinfecções. Nesse contexto, é importante que se desenvolvam ações de educação em saúde direcionadas a essa população e que os estudos sobre o tema sejam ampliados.

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