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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐080
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PESQUISA DO VÍRUS SARS‐COV‐2 NO LÍQUOR DE PACIENTES COM MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS ASSOCIADAS À COVID‐19
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Léo Freitas Corrêa, Maria da Glória, Tabata Araujo, Gaby Rangel, Gizelle Azevedo, Michaela de Jesus, Marcella Cristina, Priscila Jesus, Lorena Pereira, Carlos Otávio Brandão
Neurolife, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Manifestações neurológicas vêm sendo descritas na COVID‐19, especialmente nos indivíduos com doença grave. Neste cenário, a relação do vírus SARS‐CoV‐2 com estas síndromes neurológicas vendo sendo exaustivamente pesquisada.

Objetivo: Investigar o Líquido Cefalorraquiano (LCR) em pacientes com manifestações neurológicas associadas à COVID‐19.

Metodologia: 135 amostras, coletadas através da punção lombar, foram testadas para diferentes agentes infecciosos, incluindo RT‐PCR e pesquisa de anticorpos IgG para SARS‐CoV‐2.

Resultados: O exame do LCR, na maior parte dos casos, demonstrou poucas alterações (elevação dos níveis de proteínas totais foi o achado mais frequente). Pleocitose foi observada nos quadros sugestivos de meningoencefalites e mielites. A pesquisa de bandas oligoclonais IgG (BOC) foi detectada em alguns pacientes sugerindo processo inflamatório imunomediado e, em outros pacientes mostrou um perfil espelhado sugerindo processo inflamatório sistêmico associado. A presença do vírus SARS‐CoV‐2 no LCR foi detectada em um único caso de meningoencefalite aguda. O LCR deste paciente foi coletado no quarto dia dos sintomas da doença (diarreia, diplopias e diminuição do nível de consciência) e testou negativo na pesquisa de anticorpos realizada no LCR e no soro. Outro paciente com meningite aguda foi submetido à punção lombar no 15° dia de doença e testou positivo na pesquisa de anticorpos IgG no LCR, mas com RT‐PCR negativo.

Discussão/Conclusão: Alguns autores sugerem que as manifestações neurológicas podem ocorrer entre o primeiro e décimo quarto dia dos sintomas da COVID‐19 e, considerando o tempo entre o início da infecção e a punção lombar, o exame do LCR pode não detectar partículas virais, mesmo quando os pacientes testam positivos para o SARS‐CoV‐2 na secreção respiratória. A detecção do RNA viral, provavelmente poderá depender da carga viral, do momento da coleta da amostra e da sensibilidade dos testes utilizados. Como as manifestações neurológicas podem ocorrer em diferentes fases da doença, o exame do LCR pode não detectar partículas virais através do RT‐PCR, porém a pesquisa de anticorpos contra o SARS‐CoV‐2 pode ser útil para confirmar a exposição prévia ao vírus.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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