Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 267
Full text access
PERFIL MICROBIOLÓGICO DO HOSPITAL ESTADUAL MÁRIO COVAS: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE JUNHO/2019 A JUNHO/2020 VERSUS JULHO/2020 A JUNHO/2021
Visits
1576
Luisa Paulino Silva, Eloisa Basile Siqueira Ayub, Olavo Henrique Munhoz Leite
Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivo

A resistência bacteriana aos antimicrobianos tem se tornado uma crescente preocupação mundial, com relevante impacto na morbimortalidade dos pacientes e nos custos em assistência à saúde. Dentre as bactérias multirresistentes, os Gram negativos são os mais frequentemente identificados, compondo 9 elementos de 12 da lista de microrganismos com real impacto na saúde pública divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017. Com o advento da pandemia de SARS-CoV 2 em 2019, observou-se um aumento do número e do tempo de internações, da gravidade dos pacientes, da frequência do uso de dispositivos invasivos e da prevalência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). O uso de antimicrobianos de amplo espectro também tornou-se mais frequente, com mudança no perfil de resistência de microrganismos e menor disponibilidade de alternativas terapêuticas. Este trabalho engloba os períodos de junho/2019 a junho/2020 versus julho/2020 a junho/2021, este último abrangendo grande parte da primeira e segunda ondas da COVID-19 no Brasil, comparando o impacto da pandemia no perfil de sensibilidade dos microrganismos isolados em materiais biológicos de IRAS e no uso de antimicrobianos do Hospital Estadual Mário Covas (HEMC).

Métodos

Através do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HEMC foram avaliados os dados de microrganismos e seus respectivos perfis de sensibilidade das IRAS diagnosticadas, além do consumo de antimicrobianos nos períodos estudados.

Resultados

Notou-se um aumento de 34.8% no total de IRAS, de 95% no uso de ceftriaxone e de mais de 100% de meropenem, vancomicina e polimixina B no HEMC entre os períodos, com predominância de Gram negativos, responsáveis por mais de 70% do total no último ano, além do aumento de resistência aos carbapenêmicos, aminoglicosídeos e à colistina e predominância de resistência à oxacilina entre estafilococos coagulase negativos.

Conclusão

A falta de conhecimento da relação do SARS-CoV 2 e infecções bacterianas resultou em dificuldades no controle e consequente aumento do uso de antimicrobianos, tornando este o principal fator relacionado ao aumento de resistência bacteriana. O conhecimento e divulgação do perfil microbiológico das IRAS e de suas mudanças ao longo da pandemia foi fundamental. Mesmo assim, contraditoriamente, apesar da prevalência no HEMC ser de Gram negativos, notou-se expressivo aumento na cobertura de Gram positivos.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools