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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DA TUBERCULOSE NOS PRESÍDIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2017 E 2022
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Francyelson Lobato Senaa,
Corresponding author
francyelson.sena@gmail.com

Corresponding author.
, Vanessa Moreira da Silva Soeirob, Thais da Silva Soaresa, Agnes Maria Couto da Silvaa, Kelven Ferreira dos Santosc, Lucimar Santos Salgadoa, Eduardo Carvalheira Nettoa, Raieny Delfino Fonsecaa, Victoria Iacono Casarin Olivoa
a Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil
c Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A tuberculose é um dos grandes problemas de saúde pública com impacto na mortalidade mundial. Estudos vem demonstrando importantes diferenças epidemiológicas e clínicas em populações mais vulneráveis, como é o caso da população privada de liberdade. Nesse sentido, o estudo busca conhecer as características epidemiológicas e clínicas da tuberculose nos presídios do estado do Rio de Janeiro entre 2017 e 2022.

Método

Estudo descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa casos de tuberculose ocorridos nas unidades prisionais do estado Rio de Janeiro e notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado do Rio de Janeiro (SINAN-RJ) entre 2017 a 2022. As variáveis estudadas foram sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, condições associadas, formas de tuberculose, perfil de resistência a antimicrobianos, evolução dos casos. Foram utilizados os softwares Excel®2019 e Stata 16 para organização, cálculos e análise estatística.

Resultados

Entre 2017 e 2022 foram notificados 10.788 casos de tuberculose nas unidades prisionais do estado do Rio de Janeiro, onde a maior concentração de casos ocorreu no município Rio de Janeiro (86,83%). 98,91% dos casos ocorreu na população masculina, 41,51% eram pardos, 61,36% tinham entre 20 a 29 anos e 39,91% não tinham ensino fundamental completo. Com relação as características clínicas, a maioria dos coinfectados foram classificados como casos novos (77,36%) com maior frequência de tuberculose pulmonar (98,14%); 562 (4,93%) encarcerados tinham concomitância de outra condição de saúde, como HIV (2,94%), diabetes (0,77%), doença mental (0,67%) e outras doenças não especificadas (0,56%); e 31,91% usavam algum tipo de droga. Apenas 0,73% tinham alguma resistência medicamentosa. 1,79% estavam em uso de antirretrovirais até a data de encerramento do caso. 42,79% evoluíram para cura e 16,96% abandonaram tratamento. 81 encarcerados foram a óbito por causa da tuberculose, uma letalidade de 0,75%.

Conclusão

A partir do estudo é possível identificar os perfis críticos da tuberculose, sendo notório a necessidade ações abrangente e integrada no ambiente carcerário como ofertar rastreamento adequado com busca de sintomáticos respiratórios e oferta de exames diagnósticos para que haja detecção precoce e tratamento oportuno e assim barre a cadeia de transmissão.

Palavras-chave:
Tuberculose Prisões Saúde Pública
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