o objetivo deste estudo foi traçar um perfil epidemiológico de pessoas que vivem com HIV atendidos em uma unidade de referência do Estado do Pará.
MetodologiaO estudo iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer nº 3.965.319 e apresentou conformidade com as diretrizes da resolução 466/12. O estudo foi quantitativo, transversal e descritivo, a amostra utilizada foram os pacientes com idade ≥18 anos, ambos os sexos, que vivem com HIV e são atendidos na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas Parasitárias Especiais (CTA UREDIPE) do Estado do Pará nos meses de fevereiro a abril de 2021. Foi realizada a coleta dos dados sociodemográficos por meio dos prontuários e foram coletados dados como idade, gênero, tempo de diagnóstico, tipo de exposição, uso da Terapia Antirretroviral (TARV) e casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis categóricas foram descritas em frequências absolutas e percentuais, as variáveis contínuas foram apresentadas por média e desvio padrão (média ± DP). A análise estatística foi realizada com o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 17.
Resultadosforam avaliados 51 prontuários, onde destes 38 eram do gênero masculino (74,5%) e 13 feminino (25,5%), a média de idade foi de 39,69 anos (±11,38), 37 pacientes eram solteiros (72,5%), procedentes do interior do Estado (54,9%), 19 pacientes (37,3%) eram etilista social, 23 pacientes (45,1%) negam ser tabagista. Quanto ao tempo de diagnóstico, 24 pacientes (47,1%) apresentaram diagnóstico a mais de 12 meses, 49 pacientes (96,13%) apresentaram o tipo de exposição sexual, 22 pacientes (43,1%) relataram que eram homens que faziam sexo com homens, 13 (25,5%) homens que faziam sexo com mulheres e 10 (19,6%) mulheres que faziam sexo com homens, 41 pacientes (80,4%) não possuíam parceiro fixo. Quanto ao uso da TARV, 37 pacientes (72,5%) faziam uso e quanto aos casos notificados, 42 pacientes (82,4%) possuíam seus diagnósticos notificados na ficha do SINAN.
Conclusãomuitos prontuários avaliados possuíam dados incompletos e desta forma foram excluídos do presente estudo tornando a caracterização da amostra mais difícil. Porém, com os poucos prontuários avaliados podemos observar que a maioria os pacientes eram do gênero masculino, solteiros, com o tipo de exposição sexual, sem parceiros fixos e a maioria dos casos já haviam sido notificados pelo SINAN.