Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022
Visits
670
Igor Macedo Pinto
Corresponding author
igor_macedo2010@hotmail.com

Corresponding author.
, Elvis Oliveira Fonseca, Gabrielle Oliveira Silva, Afonso de Carvalho Goes Nascimento
Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução/Objetivos

A sífilis congênita, doença infecciosa de transmissão vertical, repercute clinicamente em malformações e alterações do desenvolvimento neuropsicomotor, variando de início precoce ou tardio, além do risco de abortamento e prematuridade. Devido à alta prevalência da sífilis na população sexualmente ativa, dos desafios do rastreio, realização de pré-natal e disponibilidade ao tratamento, o aumento dos casos torna-se um alerta para atenção à saúde. Sendo assim, é fundamental descrever o perfil epidemiológico da sífilis congênita de pessoas entre 0 a 19 anos no Brasil.

Métodos

Estudo transversal, retrospectivo e descritivo realizado por meio dos dados disponibilizado pelo Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH/SUS – DATASUS) entre 2013 e 2022 considerando o número de hospitalizações pela sífilis congênita de acordo com o local de internação, bem como as variáveis: unidade da Federação, sexo, cor/raça, faixa etária, taxa de mortalidade e valor total. Os critérios de exclusão foram as informações não compatíveis com as variáveis em questão. Para a análise dos dados, foi utilizado o software Microsoft Office Excel® 2016.

Resultados

De acordo com os dados coletados, houve um total de 152.902 internações de crianças e adolescentes por sífilis congênita, no Brasil, entre 2013 e 2022, sendo o Rio de Janeiro o estado com maior número de internações (15,12%), seguido de São Paulo (13,84%) e Pernambuco (9,72%). Amapá (0,55%) e Acre (0,62%) apresentaram menores taxas. Sem identificação (39,93%), pardos (39,72%), menores de um ano de idade (99,37%), mulheres (51,6%), homens (48,4%) é o perfil nacional de maior acometimento da sífilis congênita. Destacando as maiores taxas de mortalidade nos estados do Acre (0,83%), Amapá (0,48%) e Piauí (0,47%) e, igualmente, as menores no Mato Grosso e Distrito Federal, (0,6%), se comparadas à nacional (0,17%).

Conclusão

Conhecer o perfil da população mais afetada, sobretudo das pessoas sem informação de cor/raça, viabiliza o desenvolvimento de estratégias adequadas para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. A taxa de mortalidade maior em estados com baixos índices de internação, Acre e Amapá, sugere baixa eficácia do tratamento, perpassando do acesso aos serviços de saúde, disponibilidade de leitos e medicamentos, ao acompanhamento ambulatorial, multidisciplinar. Assim, ações conjuntas das esferas de saúde necessitam ser tomadas visando garantir o amplo funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Palavras-chave:
Sífilis congênita Pediatria Perfil epidemiológico Brasil
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools