A Tuberculose (TB) é uma doença de caráter infectocontagioso de evolução crônica, transmitida predominantemente pela via aérea. Ela compromete principalmente os pulmões, e é causada pelo agente etiológico Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch, pertencente ao grupo das micobactérias aeróbias estritas, não formadoras de esporos, diferenciando-se dos demais tipos de bactérias devido a capacidade de reter fucsina básica em sua parede celular. Essa doença milenar ainda é responsável por altos índices de mortalidade, representando um grave problema de saúde pública. O Brasil ocupa o 20° lugar entre os países com mais casos de TB no mundo.
ObjetivosDescrever o perfil epidemiológico da TB nas 5 regiões do Brasil, no período de 2010 a 2020.
MétodosTrata-se de um estudo documental, descritivo, quantitativo, de caráter epidemiológico, com consulta a dados secundários disponibilizados no Site de Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Selecionou-se informações sobre número de casos confirmados por Região, gênero e faixa etária durante os anos de 2010 a 2020. Os dados foram analisados no Software Microsoft Office Excel 2019.
ResultadosForam confirmados um total de 970.774 casos de TB no período em estudo, sendo 437.900 no Sudeste, 258.054 no Nordeste, 124.015 no Sul, 104.480 Norte, 46.324 no Centro-oeste e 2 casos foram registrados em branco. Identificou-se que 668.032 correspondem ao sexo masculino e 302.677 ao sexo feminino. A faixa etária adulta (20-59 anos) foram os mais afetados pela infecção (752.616 casos), seguidos de idosos (+60 anos) (134.403 casos) e, por fim, crianças e adolescentes (<1-19 anos) (81.340 casos), cerca de 2.415 dados sobre a faixa etária foram registrados em branco. O ano com maior e menor incidência de casos foi em 2019 (96.655) e 2010 (85.381) respectivamente.
ConclusãoVerificou-se que a faixa etária adulta e o sexo masculino são mais acometidos pela TB, este último se associa à negligência à saúde, que retarda o diagnóstico e, assim, o tratamento. A Região Sudeste registrou a maior quantidade de casos, o que pode ser associado ao grande contingente populacional que ela concentra. Dessa forma, a análise dos dados permite o aprimoramento das políticas públicas ou dos indicadores, o delineamento do perfil afetado por TB, a fim de auxiliar no diagnóstico precoce, no tratamento, para, assim, elevar a taxa de profilaxia e promover qualidade de saúde e vida na população brasileira.