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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 316
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2014 A 2018
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Antônia Victória Fernandes, Alessandra Nunes Farias, Kethelin Pinto Guedes, Lis de Lima Calheiros José Lancart de Lima
Faculdade de Medicina de Olinda, Olinda, PE, Brasil
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Introdução/Objetivo

A hanseníase é uma doença infecciosa, de caráter crônico e considerada um grande problema de saúde pública em países como o Brasil. O agente etiológico é o Mycobacterium leprae, bacilo que afeta os nervos periféricos, a pele e os olhos. A doença pode avançar lenta e progressivamente e causar incapacidades físicas, quando não tratada. Assim, o objetivo desse resumo foi descrever o perfil epidemiológico da população pernambucana com diagnóstico de hanseníase entre 2014 e 2018.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), tabulados no TabNet Datasus, referentes aos casos de hanseníase notificados em Pernambuco entre 2014 e 2018. Para o estudo, foram designadas variáveis sociodemográficas e clínico-epidemiológicas, tais como sexo, idade, forma clínica e classificação operacional.

Resultados

O estudo identificou 14.701 casos de hanseníase em Pernambuco. Destes, houve domínio no sexo masculino (51,4%) e na faixa etária dos 40 a 49 anos (19,1%). Esses dados são alarmantes, pois essa faixa de idade inclui pessoas economicamente ativas, que podem desenvolver lesões e incapacidades, afastando-as da atividade laboral. Ademais, obteve-se 1.202 casos em menores de 15 anos. Tal incidência indica focos de transmissão ativa, que estão sendo avaliados tardiamente e com possíveis incapacidades, ou seja, é um importante fator para o controle da hanseníase. A forma clínica mais prevalente foi a dimorfa (36,5%), esta, tendo alto grau de transmissão, reforça a hipótese da manutenção da cadeia de transmissão. Os casos multibacilares (64,9%) foram dominantes, e, para fins operacionais de tratamento, são a forma mais grave da doença. Em relação ao esquema terapêutico e ao tipo de saída do registro, 62,2% fazem uso do PQT/MB/12doses, com 75,9% evoluindo para a cura e apenas 7,6% para o abandono. Esta taxa é considerada boa, pois está abaixo de 10%.

Conclusão

Conhecer o perfil epidemiológico e os fatores associados a transmissão da hanseníase é essencial para ajudar a contê-la. Em Pernambuco ainda se nota alta prevalência de hanseníase, com ênfase em menores de 15 anos e casos multibacilares, reforçando a hipótese da detecção tardia e aumento do risco de evolução com incapacidades. Apesar de uma boa taxa de cura, é preciso investir na Atenção Primária em Saúde, a fim de promover detecção precoce dos casos e seguimento adequado para controlar a propagação deste agravo.

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