Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
PERFIL DE SEGURANÇA APÓS EXPOSIÇÃO À DIFERENTES FORMULAÇÕES DE ANFOTERICINA B EM 1879 PACIENTES COM INFECÇÃO FÚNGICA INVASIVA (IFI): ESTUDO OBSERVACIONAL BRASILEIRO
Visits
811
Marcello Mihailenko Chaves Magrie,
Corresponding author
marcello.magri@hc.fm.usp.br

Corresponding author.
, Francelise Bridi Cavassink, Jose Ernesto Vidali, Fabianne Altruda de Moraes Costa Carlessej, Cássia Silva de Miranda Godoyh, Renata de Bastos Ascenço Soaresh, Diego Rodrigues Falcig, Carla Sakuma De Oliveirad, Fábio de Araújo Mottab, Ana Verena Almeida Mendesc, Giovanni Luís Bredaf, Hugo Paz Moralesa, Flávio Queiroz-Tellesf
a Hospital Erasto Gaertner (HEG), Curitiba, PR, Brasil
b Hospital Pequeno Príncipe, Curitiba, PR, Brasil
c Hospital São Rafael (HSR), São Paulo, SP, Brasil
d Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), Cascaval, PR, Brasil
e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FAMUSP), São Paulo, SP, Brasil
f Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
g Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
h Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Goiâna, GO, Brasil
i Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, Brasil
j Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
k Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
Ver más
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

Apesar do mesmo princípio ativo, as formulações de Anfotericina B (AMB) disponíveis diferem em suas características farmacológicas. Preparações lipídicas, como a Anfotericina B Lipossomal (L-AMB) e o Complexo Lipídico de Anfotericina B (ABLC) permitem a administração de doses mais elevadas, variando em toxicidade se comparadas à formulação convencional (D-AMB).

Objetivos

Avaliar o perfil de segurança das diferentes formulações de anfotericina b no contexto da prática hospitalar para o tratamento de Infecções Fúngicas Invasivas (IFI).

Método

Estudo multicêntrico, comparativo e retrospectivo, realizado em dez hospitais terciários brasileiros. Registros de pacientes com IFI possíveis, prováveis e provadas, expostos pela primeira vez à qualquer formulação de AMB, foram elegíveis.

Resultados

Dos 1879 pacientes, 637 (33,9%) apresentaram alguma alteração nos níveis de creatinina durante exposição à AMB, 70 (11%) com a necessidade de diálise. Quando estratificados por formulação, 351 (55,1%) pertenciam ao grupo D-AMB, 59 (9,3%) do grupo L-AMB e 121 (19%) do ABLC. Desses, 89 (4,7%) precisaram interromper ou descontinuar o tratamento nos primeiros 14 dias por disfunção renal ou nefrotoxicidade. Mil cento e quinze (59,3%) pacientes necessitaram de reposição de potássio após hipocalemia induzida por AMB: 608 (54,5%) do grupo D-AMB, 120 (10,8%) do L-AMB e 227 (20,4%) do ABLC. A interrupção ou descontinuação totalizou em 6 (0,32%) casos. Mil e trinta e nove (55,3%) pacientes receberam transfusão de hemocomponentes logo após o início ou durante uso de AMB, sendo 548 (48,1%) do grupo D-AMB, 129 (11,32%) do L-AMB e 241 (21,20%) do ABLC. No entanto, apenas 2 (0,1%) interrupções por toxicidade hematológica foram reportadas. Eletrocardiogramas alterados foram observados em 106 (5,6%) pacientes durante a exposição à AMB e 39 (2,1%) após o fim da terapia, sem qualquer interrupção/descontinuação nos primeiros 14 dias devido à cardiotoxicidade. Sessenta (17,2%) mortes também foram reportadas durante as duas primeiras semanas de tratamento com AMB. Nenhuma estava diretamente relacionada ao polieno.

Conclusões

As formulações lipídicas apresentaram perfis semelhantes de segurança, não havendo diferenças estatísticas significativas quanto à nefrotoxicidade entre elas. No entanto, quando comparadas à D-AMB, sim (p<0.0001). A escolha correta de uma preparação lipídica de AMB é fundamental para minimizar os efeitos nocivos e evitar a toxicidade.

Palavras-chave:
Polienos
Segurança
Nefrotoxicidade
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools