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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐238
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PERFIL CLÍNICO‐EPIDEMILÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
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Cristiano Leonardo de Oliveria Dia, Dulce Aparecida Barbosa, Paula Hino, Hugo Fernandes, Mônica Taminato
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Transmitida via placentária durante a gestação, a Sífilis Congênita (SC) acomete múltiplos sistemas e com desfechos negativos para o recém‐nascido e gestante inadequadamente tratadas.

Objetivo: Traçar o perfil clínico‐epidemiológico da sífilis congênita no Município de São Paulo.

Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada em banco de dados secundário dos Indicadores e Dados Básicos de Sífilis nos Municípios Brasileiros no período de 2010 a 2019. Parecer 2.645.902. As variáveis foram retiradas do banco de dados sem modificações. Os dados são apresentados em frequência absoluta e relativa.

Resultados: O estado de São Paulo, 2010 a 2019, notificou 26.782 casos de SC com taxa de detecção de 6,7 (por 1000 nascidos vivos) em 2017, no mesmo período, o município e São Paulo notificou 8.802 casos de SC e taxa de detecção de 7,1. Houve um aumento de 120,4% no número de casos de 2010 a 2018 e com as taxas acima das recomendadas pelos órgãos de saúde, taxas ≤ 0,5 por mil nascidos vivos. Em relação à faixa etária, 97,5% das crianças tinham menos de sete dias de vida. A classificação clínica: SC recente: 7661 casos (87,0%), SC tardia: 8 casos (0,09%), Aborto por sífilis: 728 casos (8,2%), Natimorto por sífilis: 424 casos (4,8%). 59,9% das gestantes estavam na faixa etária dos 20 aos 29 anos, observou‐se que 2.231 (25,3%) gestantes tinham entre 10 e 19 anos de idade, dado preocupante, pois são adolescentes gravidas e infectadas. A baixa escolaridade (5ª a 8ª series incompletas) estava presente em 16,7% das gestantes. Foi possível constatar que as crianças com SC as 70,5% das gestantes fizeram pré‐natal, o que sinaliza baixa cobertura; o diagnóstico da sífilis gestacional aconteceu em 51,4% durante o pré‐natal, 44,0% durante parto e curetagem, 2,6% após o parto, o que é possível verificar falhas na assistência de pré‐natal. O tratamento das gestantes cujos recém‐nascidos foram diagnosticados com SC, foi considerado inadequado em 49,9% dos casos. 6.509 (73,95%) parceiros das gestantes não fizeram o tratamento. Ocorreram 47 óbitos em menores de um na série histórica, com coeficiente bruto de mortalidade de 6,2 (por 100 mil nascidos vivos) em 2016.

Discussão/Conclusão: O perfil clínico‐epidemiológico da sífilis congênita é fundamental para estabelecer estratégias, identificar falhas na assistência ao pré‐natal e com isso reduzir ou eliminar a transmissão placentária, se não evitar complicações tardias graves para a criança.

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