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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 85 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 85 (December 2018)
EP‐100
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PASTEURELLA CANIS EM NEONATO: RELATO DE CASO CLÍNICO
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Alexandre Mestre Tejo, Danielle R. Miyazawa Ferreira, Natalia Correia Silva, Jaqueline Dario Capobiango
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 9 ‐ Horário: 13:51‐13:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução:Pasteurella spp. são cocobacilos gram‐negativos, anaeróbios facultativos, colonizadores e/ou patógenos do trato respiratório de animais – principalmente gatos e cachorros. No entanto, podem causar infecções em seres humanos, cuja transmissão pode ocorrer através de mordida, arranhões ou pelo contato com mucosas, principalmente respiratória.

Objetivo: Relatar um caso de infecção por Pasteurella canis identificada em neonato em um hospital universitário no Sul do Brasil.

Metodologia: RN masculino, nascido via parto cesáreo com 34sem6dias, Apgar 3/6/8 e peso 2.380g, com necessidade de Bipap e suporte de UTI devido a desconforto respiratório. Raios X de tórax inicial evidenciaram borramento pericárdico à direita. Devido a Streptococcus em swab materno, foi coletada hemocultura e iniciadas penicilina cristalina + gentamicina. Exame coletado com 12h de vida mostrava hemograma com desvio à esquerda (1% mielócitos, 4% metamielócitos e 49% bastões), plaquetas 203mil e PCR 32mg/L. No 3° dia de vida, evoluiu com melhoria clínica e colocado em ar ambiente. Repetido raios X, manteve hipotransparência à direita. Hemograma de controle demonstrou melhoria do desvio à esquerda, plaquetopenia (52 mil) e PCR 12mg/L. LCR sem alteração. No 4° dia, identificado crescimento de Pasteurella canis em hemoculturas iniciais. O paciente permanecia estável, afebril e o tratamento com penicilina+gentamicina foi mantido até o 8° dia. Recebeu alta no 12° dia, para acompanhamento ambulatorial.

Discussão/conclusão: A pasteurellose é o isolamento da Pasteurella spp em órgãos ou fluidos corporais estéreis. Há relato de três casos de bacteremia e apenas um de pneumonia por Pasteurella canis publicados. A transmissão neonatal ocorre por duas vias: infecção genital, com ascensão da bactéria até o útero, e passagem transplacentária; ou infecção materna, na qual se comporta como patógeno oportunista. Nakwan et al. mostraram que a transmissão vertical é importante rota de infecção na população neonatal – seja intrauterina ou durante o parto. Essa é definida pela evidência de infecção materna por Pasteurella spp. ou pelo diagnóstico de pasteurellose em recém‐nascido com menos de 72h sem história de exposição a animais. Em nosso caso, não houve a confirmação de infecção materna, mas sim da infecção neonatal pela identificação da P. canis em hemocultura das primeiras horas de vida. A tratamento de escolha em crianças é a penicilina, associada aos aminoglicosídeos (sinergismo), por sete a 10 dias para infecções locais e 14 dias para bacteremia neonatal e meningite

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