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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 25 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 25 (December 2018)
OR‐47
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OSTEOMIELITE CRIPTOCÓCICA DE CRÂNIO EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE
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Júlia Lutgens Minghini, Thais Bologna Flora, Loni Suliani Dorigo, Mônica Peduto Pecoraro Rodrig, Leopoldo Tosi Trevelin, Juvencio José Duailibe Furtad
Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 4 ‐ Horário: 15:50‐16:00 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: A criptococose (CP) é uma doença causada por um fungo encapsulado do complexo Cryptococcus sp. Geralmente a via de aquisição é por inalação de fungos presentes em excretas de aves. Desde o advento da Aids a CP foi relacionada a portadores dessa afecção ou com algum grau de imunocomprometimento. Sabe‐se, entretanto, que pessoas sem deficiência imunológica podem ser acometidas, embora com baixa frequência. A osteomielite criptocócica é incomum e o acometimento craniano raro, com poucos casos descritos até o momento.

Objetivo: Divulgar à comunidade científica apresentações atípicas de CP.

Metodologia: Relato de caso: FAES, 59 anos, sexo feminino, natural e procedente de São Paulo/SP. Referiu abaulamento supraorbitário esquerdo havia cinco meses, após queda e trauma na região. Evoluiu com aumento da lesão e eliminação de secreção amarelada por orifício local. Procurou atendimento médico, foi tratada com antibioticoterapia e drenagem, sem melhoria do quadro. Posteriormente, procurou o serviço de infectologia do Hospital Heliópolis para investigação etiológica. Na investigação inicial os testes sorológicos foram negativos, o exame do líquido cefalorraquidiano evidenciou apenas discreto aumento de proteínas e pesquisa direta para criptococo negativa. A tomografia computadorizada de crânio evidenciou lesão expansiva com áreas de necrose, centrada na parede lateral da órbita esquerda, em contato com glândula lacrimal, associada a lesões ósseas líticas no local, sem efeito de massa. Em seguida, foi feita biópsia local, que revelou presença de células isoladas inflamatórias, pequenos granulomas esparsos, fundo necrótico com numerosas estruturas fúngicas arredondadas com halo birrefringente isolado, caracterizou processo inflamatório crônico granulomatoso por Cryptococcus sp. Feito tratamento com anfotericina B deoxicolato 0,3mg/kg/dia, durante 15 dias. A paciente evoluiu com significativa melhoria clínica e redução do abaulamento local e recebeu alta com Fluconazol 400mg via oral ao dia e acompanhamento ambulatorial sequencial.

Resultado: Não se aplica.

Discussão/conclusão: A osteomielite criptocócica, apesar de rara, deve estar incluída em diagnósticos diferenciais de pacientes com lesões cranianas osteolíticas, mesmo em imunocompetentes. Entre os possíveis diagnósticos diferenciais devemos destacar as neoplasias e osteomielite de outras etiologias.

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